Assaltos assustam passageiros na passarela da estação Mangueira

• Número de assaltos cresce no Grande Recife e assusta população

O aumento da violência tem assustado passageiros do transporte público no Recife. Para moradores do bairro da Mangueira, na Zona Oeste, a insegurança está até no acesso à estação, que atende a linha Centro do metrô. Usuários reclamam que os assaltos são constantes na passarela que leva ao modal, com as mulheres como principais vítimas.

O aposentado Roberto Mariano acusa jovens que costumam passar a tarde de cometer os crimes. "Eles ficam juntos e, no fim da tarde, vai o grupo todo de uma vez. Roubam mais as mulheres que passam sozinhas aqui", afirmou. O JC Trânsito foi à estação no fim da manhã e viu jovens usando drogas no local.

A dona de casa Érica Thamires usa a passarela como atalho no caminho para ir buscar os filhos na escola e sente medo de passar pela área. "Os roubos acontecem mais no período do fim da tarde e à noite, quando tem mais gente passando aqui por cima", relatou a moradora. "Já aconteceu até de ter tiro", acrescentou a comerciante Marlene Maria da Silva, que trabalha no entorno da estação.

Em nota, a Polícia Militar afirmou que a denúncia foi encaminhada ao comandante do 12° Batalhão, responsável pela segurança na região. Lá, o policiamento é feito com um veículo da Patrulha do Bairro, que tem o apoio do motopatrulhamento e do Grupo de Apoio Tático Itinerante (GATI).

A informação chegou ao JC Trânsito pelo Facebook. "Não tem policiamento", reclamou o seguidor, que preferiu não se identificar por passar pela passarela diariamente e temer represálias.

A PM frisou que denúncias devem ser feitas pelos telefones 190, (81) 3183.5392 (do 12º Batalhão) e (81) 98494.3293 (da Patrulha do Bairro). 

A Secretaria de Defesa Social (SDS) não divulgou o número de crimes no bairro da Mangueira, mas, em toda a área integrada de 24 localidades que engloba o bairro, foram 960 roubos só em janeiro e fevereiro deste ano. O número já é maior do que os 745 registros do mesmo período de 2015. Em todo o ano passado, foram 5.824 ocorrências.