Manifestantes são a favor da tarifa zero Foto: Guga Matos/JC Imagem
- Primeiro protesto contra aumento de passagens termina em confusão no Recife
- Arpe aprova reajuste e passagens já aumentam nesta terça-feira
- Aumento das passagens: juiz define até terça validade do reajuste
- Segundo protesto contra aumento de passagens no Recife complica trânsito na noite desta quarta
Os manifestantes não divulgaram o percurso do protesto. Inicialmente, se imaginou que eles seguiriam pela Avenida Conde da Boa Vista, que recebeu os outros dois atos. Porém, no cruzamento com a Rua Dom Bosco, decidiram voltar para a Avenida Agamenon Magalhães. De lá, foram para a Rua Joaquim Nabuco, onde há três hospitais, e fizeram silêncio.
O caminho era o da casa do governador, o que já provocou tensão entre os policiais. Um carro do Grupo de Apoio Tatico Itinerante (Gati) saiu em alta velocidade. A passeata seguiu pela Ponte do Capunga, entrando na Avenida Beira Rio, onde Paulo Câmara mora com a família.
A um quarteirão da casa do socialista, policiais militares tentaram empurrar o grupo no sentido contrário. Houve confusão e, com policiais em menor número, os manifestantes conseguiram passar. Em frente ao prédio, gritaram contra o aumento das passagens e dançaram uma ciranda, atraindo a atenção dos vizinhos.
Manifestantes chegaram à Avenida Beira Rio, onde mora o governador, por volta das 19h30. PM tentou impedir o protesto de chegar à casa de Paulo Câmara, mas não conseguiu. Ato é contra o aumento das passagens de ônibus e começou na Praça do Derby.
Posted by JC Trânsito on Friday, 22 January 2016
O Batalhão de Choque foi chamado para tentar dispersar a manifestação. Porém, o grupo decidiu continuar a passeata antes que os policiais agissem. A atitude da Polícia Militar no protesto realizado há uma semana, de usar spray de pimenta e balas de borracha, chegando a ferir pelo menos militante, foi criticada.
O ato continuou pelas ruas do bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife. Depois de fechar a Rua José Bonifácio por cerca de 15 minutos, os manifestantes tentaram continuar a passeata até a Rua Real da Torre. Porém, foram impedidos por policiais militares. Esse foi mais um momento de tensão, mas, após alguns minutos, puderam seguir.
No cruzamento com a Rua José Osório, decidiram encerrar a caminhada, porém se manter juntos até o Derby, o ponto de início do protesto. Uma nova plenária foi marcada para a próxima segunda-feira (25), às 19h, na praça. Na reunião, devem decidir quais serão os próximos atos.
O juiz José Marcelon Luiz e Silva prometeu definir até a próxima terça-feira (26) se manterá a validade da reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) que aumentou as passagens. O reajuste de 14,42% começou a valer na última terça (19). Com ele, o anel A, o mais usado, saiu de R$ 2,45 para R$ 2,80, enquanto o B passou de R$ 3,35 para R$ 3,85.