Percurso da passeata não foi divulgado pela Frente de Luta pelo Transporte Público Foto: Lorena Barros/JC Trânsito/Arquivo
- Urbana-PE propõe aumento de 32% no anel "A", que passaria a custar R$ 3,25
- "Aumento das passagens não chegará nem perto do que pedem os empresários", diz fonte ligada ao Governo
- Reunião para debater aumento de passagens é adiada para segunda-feira
O reajuste já é dado como certo, mas ainda não se sabe em quanto será. O Conselho Superior de Transporte Metropolitano, composto por representantes de diversos órgãos e movimentos sociais, se reunirá para debater e votar o percentual da mudança e a partir de quando será aplicada.
A Frente, no entanto, defende que o preço da passagem seja congelado, alegando que essa foi uma proposta de campanha do atual governador Paulo Câmara (PSB). "Estaremos cobrando do governo a tarifa única, o bilhete único, a integração temporal e a conclusão das obras dos terminais integrados, que estão atrasadas. Para onde foi esse dinheiro?", questionou o advogado Pedro Josephi, integrante do grupo.
O movimento defende ainda, a longo prazo, o passe livre para todos os estudantes, não só os da rede pública, além de tarifa gratuita para todos. "Mas entendemos que, para isso, é preciso reorganizar o modelo tarifário e analisar a forma como vai ser feito, se será estatizado, se será criada uma empresa pública ou outra proposta. O Conselho precisa debater, mas ele não faz isso, só se reúne para definir a tarifa", sugeriu o militante.
A proposta da Urbana-PE, sindicato que representa as empresas de ônibus, é de que o reajuste seja de 32% no anel A, o mais usado, que passaria dos atuais R$ 2,45 para R$ 3,25. Já o anel B passaria de R$ 3,35 para R$ 4,40. Uma fonte ligada ao governo, porém, afirmou que o aumento não chega perto desses números.
O presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Francisco Papaleo, não adiantou qual será o valor defendido pelo órgão, mas afirmou que ele não será obrigatoriamente igual ao apresentado pela Urbana-PE. "A nossa proposta será após um estudo minucioso através de uma planilha adotada nacionalmente", defendeu. Entre os itens analisados estão a inflação no período, o custo dos combustíveis e as despesas com os trabalhadores do setor.