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Comitê Rio-2016 "preocupado" com o zika vírus

Ingrid
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Publicado em 02/02/2016 às 14:14
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Os responsáveis também garantiram que, apesar dos cortes no orçamento devido à crise econômica, há dinheiro suficiente para combater o mosquito Aedes Aegypti, cuja picada transmite a doença. / Foto: Luis Robayo/AFP

Os responsáveis também garantiram que, apesar dos cortes no orçamento devido à crise econômica, há dinheiro suficiente para combater o mosquito Aedes Aegypti, cuja picada transmite a doença. Foto: Luis Robayo/AFP

Os organizadores dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro expressaram nesta terça-feira sua preocupação com o vírus zika no Brasil, mas destacaram se sentir confiantes de que o problema diminuirá até o início das competições em agosto quando começa o inverno.

Os responsáveis também garantiram que, apesar dos cortes no orçamento devido à crise econômica, há dinheiro suficiente para combater o mosquito Aedes Aegypti, cuja picada transmite a doença.

A epidemia de zika, que infectou mais de 1,5 milhão de brasileiros nos últimos meses e foi vinculado ao forte aumento dos casos de bebê com microcefalia em mulheres grávidas contagiadas, "preocupa a Rio-2016, a OMS, o mundo todo, mas estamos seguros de que venceremos esta batalha e ela não afetará os Jogos", declarou Mario Andrada, diretor de Comunicações do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos.

"Trabalhamos em conjunto com autoridades locais para aumentar as inspeções (...) e temos suficiente orçamento para isso", garantiu.

Por enquanto, a organização dos Jogos, que começam em seis meses, não pretende aconselhar mulheres grávidas a não viajarem ao Brasil, como já fizeram alguns países e o próprio chefe de gabinete do governo da presidente Dilma Rousseff.

Andrada, contudo, informou que o Comitê seguirá as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que na segunda-feira definiu a epidemia de zika que surgiu no Brasil e que se expandiu por quase toda a América Latina como "emergência sanitária mundial".

Tanto o responsável de comunicação como o diretor de serviços médicos do Comitê Rio-2016, João Grangeiro, acreditam que a população de mosquitos e, por consequência, o número de infeções de zika diminuirão em agosto, ao chegar o inverno ao hemisfério sul. "Em agosto, cai drasticamente o número de mosquitos e o número de casos de zika acompanhará esta queda", declarou Grangeiro a jornalistas na sede dos Jogos Olímpicos do Rio.

"Seguiremos as recomendações da OMS como já estamos fazendo agora. Algumas medidas preventivas já estão sendo recomendadas a alguns comitês olímpicos nacionais pelo Comitê Olímpico Internacional", completou. Para se proteger do zika, os atletas e turistas podem adotar medidas como utilizar "um vestuário apropriado", "fechar as janelas" e "usar repelente", explicou Grangeiro.

A OMS, que calcula que até quatro milhões de pessoas podem ser vítimas de zika no continente americano, anunciou nesta terça-feira a criação de uma unidade global para combater o vírus e manifestou o temor de que a epidemia chegue à África e Ásia.

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