Mirella acompanha o tratamento do irmão, o torcedor do Náutico Lucas Lyra, baleado em 2013 Foto: reprodução/Facebook
A irmã do torcedor do Náutico Lucas Lyra, que levou um tiro na cabeça após uma confusão de torcidas organizadas em frente à sede do clube no dia 16 de fevereiro de 2013, denunciou nesta quarta-feira (1º), através das redes sociais, a dificuldade para dar continuidade ao tratamento do jovem no Hospital Português, área central do Recife. Ele precisa fazer uma cirurgia neurológica e, na última sexta (30), conseguiu uma ordem judicial que determinou que todo o tratamento médico seja custeado pela Pedrosa, empresa de ônibus em que o ex-segurança José Carlos Feitosa Barreto, responsável por atirar em Lucas, trabalhava.
“Ele precisa ficar no 7º andar do RHC, só que, quando chegamos, eles nos encaminharam para outro edifício, que é a área do SUS. Não tem leito particular. Lucas ficou sem medicação de horário, sem jantar, com dores e sem leito”, afirmou Mirella em entrevista ao NE10 por telefone. Após insistir que não deixaria o irmão ficar no local, Mirella afirmou que conseguiu um leito numa área particular para Lucas.
“Vamos acionar o juiz amanhã e entrar com um processo por danos morais contra a empresa de ônibus”, afirmou Mirella. Ainda de acordo com ela, Lucas Lyra ficou 3 anos e 4 meses tento todo o tratamento médico custeado pela Secretaria de Saúde no Hospital Português e nunca tinha tido problemas.
Procurada pelo NE10, a assessoria do Hospital Português ainda não respondeu.
Resposta da empresa Pedrosa
Em razão da veiculação, pelo Portal NE 10, das matérias denominadas “Mais uma batalha para Lucas Lyra” e “Irmã de Lucas Lyra denuncia dificuldade em internação do torcedor”, nos dias 24.01.17 e 01.02.17, respectivamente, vem a Empresa Pedrosa prestar os seguintes esclarecimentos:
Em que pese ainda não ter havido o julgamento da ação em que se discute as responsabilidades pelo infeliz evento do qual Lucas Lyra foi vítima, a Empresa Pedrosa ratifica que, em decorrência do profundo respeito que tem pela Justiça Pernambucana, vem cumprindo rigorosamente todas as determinações judiciais que lhe estão sendo impostas.
Tanto é assim que, desde que foi intimada da primeira liminar obtida pelo Lucas Lyra, a Empresa Pedrosa vem arcando com a integralidade dos gastos havidos com a sua internação domiciliar.
É importante salientar ainda que quando da publicação da primeira matéria pelo Portal NE10 em 24.01.17,não havia nenhuma decisão judicial determinando que a Empresa Pedrosa arcasse com a internação hospitalar e com o novo procedimento cirúrgico necessitado por Lucas Lyra.
Significa dizer que a eventual demora no procedimento de internação do Lucas denunciada na matéria veiculada em 01.02.17, não se deu por qualquer responsabilidade da Pedrosa, conforme, aliás, declarou por escrito o Real Hospital Português.
Assim, ao tempo em que reafirma o seu compromisso tanto para com a sociedade como para com a Justiça pernambucana, a Empresa Pedrosa se coloca à disposição para quaisqueroutros esclarecimentos que se façam necessários sobre esse triste episódio envolvendo o torcedor Lucas Lyra.
