Investigação

Fifa demite o secretário-geral Jerome Valcke

Ingrid
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Publicado em 13/01/2016 às 8:16
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Valcke, ex-braço direito do presidente Joseph Blatter, foi afastado do cargo no dia 17 de setembro. / Foto: Fabrice Coffrini / AFP

Valcke, ex-braço direito do presidente Joseph Blatter, foi afastado do cargo no dia 17 de setembro. Foto: Fabrice Coffrini / AFP

A Fifa demitiu o secretário-geral Jerome Valcke, que está sendo investigado por um caso de corrupção relacionado com a revenda de ingressos da Copa do Mundo do Brasil-2014, anunciou a entidade que comanda o futebol nesta quarta-feira (13).

Valcke, ex-braço direito do presidente Joseph Blatter, foi afastado do cargo no dia 17 de setembro. O francês pode receber uma suspensão de nove anos de qualquer atividade relacionada ao futebol. Além da suspensão, a justiça interna da Fifa solicitou uma multa de 100.000 francos suíços (92.165 euros) contra o ex-número 2 da Fifa.

O juiz de instrução da Fifa determinou uma suspensão provisória de 90 dias em 8 de outubro. A medida foi prorrogada por 45 dias em 5 de janeiro. A suspensão continua em vigor e vai além do cargo de secretário-geral, pois proíbe a presença de Valcke em qualquer atividade relacionada com o futebol.

O francês é acusado de ter violado vários artigos do código de ética da Fifa, como o que diz respeito ao conflito de interesses, oferecer ou aceitar presentes e outras vantagens e a recusa a colaborar, segundo a Fifa.

A justiça interna da Fifa "optou por ignorar a conduta exemplar de Jerome Valcke e suas contribuições extraordinárias durante seu longo mandato de secretário-geral", protestou Harry Berke, o advogado americano de Valcke, em um comunicado enviado à AFP.

Jornalista, Valcke foi afastado de sua função "até nova ordem" em 17 de setembro, depois que a imprensa inglesa revelou suas práticas. Os jornais britânicos revelaram um esquema que teria permitido ao francês receber comissões por operações de revenda no mercado negro de milhares de ingressos da Copa do Mundo do Brasil-2014.

Confira o vídeo da AFP:

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