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Santa Fe vence Huracán nos pênaltis e conquista Copa Sul-Americana

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 10/12/2015 às 8:23
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Santa Fe conquistou primeiro título internacional da sua história / Foto: AFP

Santa Fe conquistou primeiro título internacional da sua história Foto: AFP

Em jogo truncado e de poucas emoções, o Santa Fe, da Colômbia, venceu o Huracán, da Argentina, nos pênaltis, depois de empatar sem gols no tempo regulamentar e prorrogação, nesta quarta-feira (9) em Bogotá, e conquistou a Copa Sul-Americana-2015.

Na partida de ida, em Buenos Aires, Santa Fe e Huracán já haviam empatado sem gols, prometendo deixar o jogo de volta, em Bogotá, mais movimentado. 

A promessa, porém, não foi cumprida e as duas equipes fizeram partida de pouco futebol e muitos chutões. Nem a prorrogação foi capaz de desempatar o confronto.

Nos pênaltis, não houve jeito, alguém tinha que sair vencedor e o Santa Fe acabou levando a melhor, aproveitando três cobranças desperdiçadas pelo Huracán para vencer por 3 a 1, conquistando seu primeiro título continental.

O Santa Fe, autor de um ótimo início de temporada, cultivou durante bom tempo a ilusão de conquistar a 'tríplice-coroa', mas viu a decisão contra o Huracán se tornar a última oportunidade de salvar um ano amargo e fazer história, depois de perder a final da Copa da Colômbia e ser eliminado nas quartas de final do Campeonato nacional pelo Junior de Barranquilla.

No caminho rumo ao título inédito, os 'cardeais' passaram pelos tradicionais Emelec, do Equador, nas oitavas de final, e Independiente, da Argentina, nas quartas. Na semifinal, o adversário foi o Sporting Luqueño, algoz do Atlético Paranaense.

Acostumada a vencer a Copa Sul-Americana, com sete campeões nas 13 edições da competição, a Argentina se viu mais uma vez representada na final do torneio, desta vez pelo Huracán, time de pouca tradição no país e que nesta temporada lutou contra o rebaixamento, mas, desta vez, o troféu foi para a Colômbia.

Classificado para disputar a Copa Sul-Americana como campeão da Supercopa da Argentina em 2014, 'El Globo' precisou eliminar rivais de tradição para chegar à decisão, como o Sport nas oitavas e o defensor do título River Plate nas semifinais.

Final de poucas emoções

A partida começou com um grande susto na torcida local, que lotou o estádio El Campín, de Bogotá, fazendo bonita festa.

No primeiro minuto de jogo, o goleiro Zapata se enrolou com um recuo e foi desarmado por Ramón Ábila. O atacante argentino acabou perdendo o gol, chutando por cima do travessão, quase sem ângulo.

Após o susto inicial, o Santa Fe se recompôs e teve ligeiro domínio na posse de bola, mas encontrou muita dificuldade para chegar ao gol argentino. Já o Huracán abusou da tentativa de ligação direta entre defesa e ataque, o famoso 'chutão', deixando a partida bastante sonolenta e com pouquíssimas chances de gol na primeira etapa.

No segunda tempo, o Santa Fe encontrou uma solução para furar o bloqueio defensivo do Huracán: o chute de fora da área.

Final foi decidida nos pênaltis

Final foi decidida nos pênaltisFoto: AFP

Nos dez primeiros minutos, Angulo, duas vezes, e Morello arriscaram de longa distância e obrigaram o goleiro Marcos Díaz a fazer defesas complicadas.

Na última delas, o goleiro argentino sentiu o tornozelo e pediu atendimento médico três vezes, retardando o reinício da partida, mas não aceitou ser substituído, recebendo uma sonora vaia da torcida colombiana.

Díaz conseguiu o que queria: esfriar a partida. O jogo voltou a ficar insosso e sem nenhuma chance de gol.

Aos 40 minutos, o Santa Fe conseguiu entrar na área argentina pela primeira vez, num passe em profundidade de Morelo para Angulo, em posição de impedimento, que chutou para boa defesa de Díaz. O árbitro brasileiro Hebert Roberto López anulou o lance.

Na prorrogação, nada mudou. Com medo de entregar o ouro nos minutos finais e perder a tão cobiçada primeira taça continental, as duas equipes optaram por só arriscar chutes de longe e esperar pela decisão nos pênaltis.

Só Ábila deixou o jogo um pouco mais animado, sendo expulso a cinco minutos do apito final por agredir o zagueiro Meza.

Nos pênaltis, o Huracán, pior em campo na soma das duas partidas da final, desperdiçou três cobranças, com Bogado, Hugo Nervo e Toranzo, e o Santa Fe aproveitou para vencer por 3 a 1 e armar uma linda festa na capital colombiana, na comemoração do primeiro título continental do clube.

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