FInal da Copa América neste sábado entre Chile e Argentina reascendeu a rivalidade entre os países Foto: AFP
Os torcedores chilenos têm fé e esperam "ganhar alguma coisa um dia". Os argentinos apelam para a história e para o fato de contarem com "os melhores jogadores do mundo". A final da Copa América neste sábado entre Chile e Argentina reascendeu a rivalidade entre os países.
Em Santiago, onde chilenos e argentinos medirão forças numa final inédita, os locais não têm dúvidas: das mãos de uma geração de ouro, repleta de jogadores talentosos, virá o primeiro título da história do país. "O Chile vai ganhar porque jogamos em casa e somos superiores (...) Os argentinos deixaram de ser os melhores", declarou à AFP Guillermo Dolesan, um confiante torcedor chileno.
"Sempre segundos... sempre terceiros, mas nunca primeiros. Esperamos que agora as coisas sejam diferentes. Nada é impossível", afirmou Enzo Jaque, outro torcedor, que ganha um dinheiro vendendo bandeiras e gorros da 'Roja' no centro de Santiago. Os poucos argentinos que passeavam pelo centro da capital chilena estavam convencidos que irão estragar a festa do anfitrião.
"A Argentina vai jogar melhor com todo mundo torcendo contra, porque a Argentina tem os melhores jogadores do mundo", garante Gabriel, que viajou ao Chile junto com três amigos para ver a final, que pode valer o primeiro título da Alviceleste em 22 anos. Em Buenos Aires, também reinava a confiança.
"O Chile está confiante, mas vamos ganhar por 3 a 0", afirmou à AFP Alan Cisilin, un estudante de economia. Carlos Canaveri, de 26 anos, concorda: "Argentina vai ganhar tranquilamente". Cerca de 12.000 argentinos são esperados na capital chilena para assistir ou estar perto da final deste sábado, apesar de apenas 2.000 torcedores alvicelestes terem direito a ingresso.
É FUTEBOL, NÃO GUERRA - O duelo fez lembrar da grande rivalidade entre as equipes, desde que ambos os países chegaram perto de entrar em guerra em 1978 e que o ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990) apoiou a Grã-Bretanha no conflito nas Ilhas Malvinas, em 1982.
Duelo fez lembrar da grande rivalidade entre as equipes, desde que ambos os países chegaram perto de entrar em guerraFoto: AFP
"Para vocês, é bom que o melhor jogador do mundo não acorde", declarou o argentino, referindo-se a Lionel Messi, astro do Barcelona. "Temos Alexis Sánchez para enfrentá-lo", responde o chileno. "O time que controlar melhor a bola no meio de campo vai ganhar. Os dois atacam loucamente, mas costumam se descuidar lá atrás. A hostilidade? As pessoas misturam isso com a política, mas não tem nada a ver", resumiu o publicitário chileno Luis Zambrano, de 30 anos.