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Faça login ou cadastre-seCarly Falcão
Do JC OnLine
Cálculo, concentração e silêncio absoluto. Foi com essas táticas que os jogadores encararam a final do Campeonato Mundial de Damas, nesta sexta-feira (5), realizada no Recife Plaza Hotel, na Rua da Aurora, Centro do Recife. Apenas um brasileiro, Francisco Oliveira, conseguiu ficar entre os melhores, conquistando o sexto lugar. A grande promessa pernambucana, Augusto Carvalho, não passou da semi-final, ficando na 12° posição. O campeão da noite foi o russo Alexander Schvarstman que, em mais de quatro horas de jogo, derrotou Yuri Anikeiz, da Ucrânia, pela diferença de um ponto. É a sexta vez que Alexander conquista o título de Campeão Mundial de Jogos de Damas.
Para o vice-presidente executivo da Confederação Brasileira de Jogos de Damas, Lélio Marcos Sarcedo, a disputa desse ano foi das mais difíceis já vista: "com certeza, um dos campeonatos mais fortes, com 10 campeões. Muito acirrado", comenta. A escolha de Pernambuco para a realização do evento não foi aleatória. De acordo com Lélio Sarcedo, o número de campeões nordestinos é muito grande, daí a idéia de aproximar o campeonato dos gênios do damas. "Dos 20 campeões que temos no Brasil, 13 são pernambucanos. O Nordeste tem os melhores do Brasil. Escolhemos o Estado visando uma melhoria na organização e qualidade técnica damística da região", diz.
Do amador ao profissional, o jogo de damas encanta quem o pratica. Alguns o apreciam pela diversão, outros, pela concentração exigida entre os jogadores. Não se sabe ao certo quantos brasileiros são fãs desse jogo, mas a cada praça, vez ou outra, encontramos senhores debruçados sobre um tabuleiro no finalzinho da tarde. É o caso do comerciante Eronildo José da Silva que, nas horas de descanso do trabalho de vendedor de relógios no Camelódromo da Dantas Barreto, desafia o chefe numa partida. "A gente aproveita o fim da tarde para jogar. Onde moro, em Cavaleiro, quando chega a noite, junta um monte de amigos. Quem perde é eliminado", diverte-se.
HISTÓRIA - O jogo de damas surgiu para compensar o fato de os reis jogarem xadrez e as rainhas não poderem participar. Foi então que resolveram criar algo para as damas, daí o nome do jogo. Depois de um tempo, ele se popularizou e as classes mais pobres passaram a praticá-lo. A época exata de seu aparecimento é desconhecida, mas tabuleiros e peças semelhantes às usadas no jogo foram encontradas em tumbas de faraós do Egito. A chegada ao Brasil é creditada ao campeão da ex-União Soviética Waldemar Bakumenko. Depois dele trazer o jogo para o Rio de Janeiro, variadas classes passaram a praticá-lo.