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Taís Araújo é apresentadora de auditório no especial 'Os Brau'

Cássio Oliveira
Cássio Oliveira
Publicado em 08/04/2017 às 11:20
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 / Foto: Divulgação

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Neste domingo, 9, por volta das 13h, Taís Araújo surgirá na tela da Globo diante de uma plateia de 150 pessoas, com microfone e fichas técnicas em mãos, fazendo sua estreia como apresentadora de um programa de auditório. Mas, na verdade, quem estará no comando da atração será Michele, sua personagem em Mister Brau. O especial, intitulado Os Brau, é um metaprograma, ou seja, um programa fictício criado dentro da dramaturgia da série, que cresceu durante o processo de gravação e ficou pequeno para ser apresentado somente como um quadro do seriado. Será um 'esquenta' para a terceira temporada, prevista para estrear no dia 18 de abril.

"Esse programa virou um especial de tão bom que ficou. Ele não era para ser assim, era para ficar dentro da dramaturgia, para costurar a dramaturgia", disse Taís à reportagem. "Foram dez dias de gravação, estávamos exaustos, mortos, mas muito satisfeitos com tudo."

Os Brau é um experimento curioso da Globo. Afinal, trata-se de um spin-off de uma dramaturgia que vai ocupar um horário nobre da grade de domingo, que até então era preenchido pelo The Voice Kids. E os apresentadores, na verdade, serão os personagens de Taís e Lázaro Ramos. É tudo uma grande ficção, porém com ares de realidade. Artistas em evidência no cenário musical, como Marília Mendonça, a dupla Maiara e Maraísa, Liniker e Karol Conka, passarão pelo palco do programa. Além disso, Michele e Brau abrirão espaço para debates de temas sensíveis, como preconceito, bullying e adoção.

"Gravamos esse especial na metade do ano passado e fomos atrás de artistas que não estavam no mainstream. A única que era muito conhecida por todo mundo é a Claudia Leitte. E foi ela quem pediu para participar da série. Ela passou em nosso camarim, perguntou se poderia entrar na história e nós topamos na hora", lembrou.

Além dos palcos

A terceira temporada de Mister Brau terá um foco maior no ambiente familiar e vai mexer completamente com a vida de Brau e Michele. O casal adota as crianças Carlito (Sérgio Rufino), Egídio (Leonardo Lima) e Lia (Brunna Oliveira). Para entender os filhos, precisarão revirar suas memórias de infância. Embora se trate de uma comédia, alguns pontos sensíveis surgirão a partir daí.

"A terceira temporada tem uma característica muito marcante, que é falar de família. Eles adotam três crianças, e isso muda toda a estrutura deles, assim como acontece na vida real de qualquer casal que tem um filho. Eles são obrigados a olhar para si mesmos e lembrar das crianças que eles foram para poder lidar com essas crianças conforme as demandas vão aparecendo", explicou Taís. "Isso mexerá muito na estrutura deles. Michele ficará menos prática, mais carinhosa e mais próxima das crianças Ela terá que revisitar a menina que ela foi na infância e entender por que ela virou essa mulher tão dura."

Ao revisitar seu passado, o público terá acesso a detalhes desconhecidos de sua trajetória. "O pai dela entra na história e este será um grande ponto de conflito", antecipou.

Aílton Graça interpretará o pai de Michele, um homem de perfil conservador, evangélico, que tentou fazer a filha explorar seus dotes artísticos dentro da igreja frequentada pela família. "A Michele foi criada dentro de uma Igreja Batista. Ela teve uma educação cristã e vai contra o que ela de fato queria para a vida dela, que era o mundo do show. O pai queria que ela ficasse na igreja, ela até chegou a cantar no coral da igreja, só que seu desejo sempre foi seguir a vida artística além das portas da igreja. A chegada do pai causará uma grande impacto em sua vida", relatou.

Além do roteiro

Trabalhar em Mister Brau tem proporcionado experiências inéditas a Taís Araújo. Além de se colocar como apresentadora de um programa de auditório - mesmo que ficcional -, ela diz se envolver na criação dos rumos de sua personagem. "Mister Brau talvez seja o programa que a gente mais tenha voz durante o processo de construção. Lázaro escreveu alguns episódios das temporadas anteriores, e a gente conversa muito com o Jorge Furtado e com o Guel Arraes (criadores da série). Discutimos sobre o caminho que a gente pode seguir na história e os temas que podemos abordar. É algo que eu nunca tinha feito dentro da Globo", afirmou.

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