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Ayrton Montarroyos leva personalidade para o The Voice Brasil

Germana Macambira
Germana Macambira
Publicado em 24/12/2015 às 16:01
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O pernambucano Ayrton Montarroyos está na final do The Voice, que acontece nesta sexta (25) / Foto: Reprodução do Facebook

O pernambucano Ayrton Montarroyos está na final do The Voice, que acontece nesta sexta (25) Foto: Reprodução do Facebook

Decerto qualquer texto bastaria, por si só, se o seu início viesse com aspas de um menino de 20 anos, afirmando ter como referências na música nomes como Herivelto Martins e Dalva de Oliveira. Contemplá-lo, em seguida, contrastando com outras dezenas de vozes ‘comuns’ e regadas a falsetes e firulas típicas de ‘modinhas’, deixaria claro - bem claro - que personalidade e técnica musical precisam caminhar juntas. Tais atributos, o jovem cantor pernambucano Ayrton Montarroyos tem. E de sobra!.

Finalista do global The Voice Brasil, com a ‘pompa e a circunstância’ que lhe foram peculiares desde o primeiro pisar no palco, Ayrton é o que nós temos atualmente de mais puro, simples, harmônico e genuinamente brasileiro para interpretar canções atemporais da música brasileira.

Que o diga a sequência falada, sentida e cantada por ele para chegar à final: Força Estranha, Certas Coisas, Nunca, Carinhoso, Cálice e Olhos nos Olhos. “Como cantor minha função é trazer interpretações brasileiras, resgatar o que temos de melhor. É a minha cultura, é o que eu domino, é o que gosto”, explicou o músico em entrevista ao Portal NE10, antes de seguir para mais um ensaio que antecede a final que acontece nesta sexta (25). “Chegar até aqui já tem gosto de vitória”, completou.

Ayrton é o que nós temos atualmente de mais puro, simples, harmônico e genuinamente brasileiro

Ayrton é o que nós temos atualmente de mais puro, simples, harmônico e genuinamente brasileiroFoto: Reprodução do Facebook

De fato. O ‘ser campeão’ vem desde a fase das audições, no início do programa, quando ‘clareza de dicção, força e humanidade’ foram as primeiras palavras elogiosas ouvidas dos jurados do programa. Como resposta, Ayrton veio com um “Nunca está perfeito. Isso é o que busco e almejo alcançar”. Lágrimas à parte - do encontro com a família nos bastidores, depois de ter sido aprovado - ele seguiu 'sotaqueando pernambucanamente' as canções, em mais uma demonstração de ousadia e personalidade.

“Incrível ver o que ele faz, a forma como ele canta, a autenticidade (...) E o ‘di’ dele que é um sotaque ‘assim’...”, destacou o baiano Carlinhos Brown, um dos jurados do programa.

Reiterando, meu caro Brown… o nome disso é fidelidade às raízes e verdade na interpretação. O cantar, portanto, flui como decorrência natural de quem nasceu para viver da música e senti-la em sua essência. “Sempre que me perguntam quando comecei a gostar de música, eu respondo com outra pergunta: quando você começou a respirar?”.

A maturidade de palco e de repertório é a mesma com que responde a indagações sobre o seu futuro

A maturidade de palco e de repertório é a mesma com que responde a indagações sobre o seu futuroFoto: Reprodução do Facebook

AOS VINTE ANOS DE IDADE - A maturidade de palco e de repertório é a mesma com que responde a indagações sobre o seu futuro. O tom de voz não se altera nem tampouco se excede em deslumbres que seriam até aceitáveis em sua idade. “Eu sou um aprendiz da vida e presto muita atenção a ela. O The Voice vai me deixar mais confiante e mais experiente tecnicamente. Essas são as mudanças”.

Considerando que essência é algo irreversível, é bem provável que essa seja, de fato, a únicas mudança em sua trajetória, a partir do resultado da competição que, ele já adianta, não vai tolher seus planos: “Meu disco sai no próximo ano, seja pela (gravadora) Universal - se eu for o vencedor - seja de forma independente.”

A torcida é de que, sim, tenhamos (finalmente) o resgate atemporal da boa Música Popular Brasileira na voz plena de certeza de um jovem de vinte anos de idade. "Vou subir e cantar minha verdade. É assim que eu sei cantar". Na verdade, (en)cantar, meu caro Montarroyos.

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