Dylan, de 75 anos, não respondeu às insistentes ligações da Academia, nem reagiu de nenhuma forma ao anúncio de seu prêmio. Foto: Istvan Bajzat / DPA / AFP
Dylan, de 75 anos, não respondeu às insistentes ligações da Academia, nem reagiu de nenhuma forma ao anúncio de seu prêmio, comemorado por uns e criticado por outros, e que provocou um grande alvoroço nas redes sociais.
"É mal-educado e arrogante. É isso que ele é", disse o acadêmico Per Wästberg, cujas declarações foram coletadas pela emissora pública SVT.
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Sua conta no Twitter publicou a decisão da Academia Sueca e a parabenização do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a menção "Vencedor do Prêmio Nobel da Paz" apareceu em sua página na Internet quatro dias depois. Entretanto, na sexta-feira, essa menção havia sumido.
"É uma situação absolutamente inédita, mas ele pode se manifestar até a festa", destacou Per Wästberg, referindo-se à tradicional cerimônia de entrega do prêmio, no próximo 10 de dezembro, em Estocolmo.
Em seu blog, Anders Bárány, membro da Real Academia Sueca de Ciências, que dividiu o Nobel de Ciências, contou que Albert Einstein também ignorou os acadêmicos após seu prêmio de Física em 1921. Em 1964, o escritor e filósofo francês Jean-Paul Sartre recusou o prêmio Nobel de Literatura.
Mas uma recusa não muda nada, pois o nome do premiado continua gravado no mármore da lista de ganhadores do Nobel, recordou a escritora e redatora-chefe das páginas de Cultura do jornal Aftonbladet, Asa Linderborg, opinando que Dylan não comparecerá em Estocolmo.
"A hipótese de sua aparição em Estocolmo no dia 10 de dezembro é cada vez menos plausível, sobretudo depois das declarações de Per Wästberg", escreveu.