Youtuber Kéfera, de 23 anos, está em lista de autores mais citados por brasileiros Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
A 4ª edição da pesquisa nacional Retratos da Leitura do Brasil, realizada pelo Ibope e encomendada pelo Instituto Pró-Livro, foi divulgada nesta quarta-feira (18) e revelou que o País possui, atualmente, 104,7 milhões de leitores (56% da população), o que representa um crescimento de 6 pontos percentuais em relação à última apuração feita em 2011. Foram ouvidas, ao todo, 5.012 pessoas em todas as regiões do Brasil, com uma população de cinco anos ou mais.
Entre as cinco regiões brasileiras, o Nordeste foi a única que não obteve aumento no número de leitores. Tanto em 2011 quanto em 2015, o percentual de nordestinos leitores ficou com 51% contra 49% de não leitores. O número de livros lidos anualmente na região, seja uma obra completa ou em partes, é de 3,93. Em 2011, eram 4,3 livros.
Com a falta de crescimento no número de leitores, o Nordeste foi ultrapassado pelo Norte e ficou com a quarta colocação. O Sudeste lidera, com 61%, seguido do Centro-Oeste (57%) e região Norte (53%). O Sul possui 50% de leitores.
Na disputa entre quem lê mais, a pesquisa apontou que as mulheres brasileiras leem mais que os homens (59% x 52%). Em compensação, houve um aumento na porcentagem masculina comparada com a pesquisa de 2011, quando apenas 44% dos homens se consideravam leitores. O crescimento das mulheres foi de 5% - em 2011, eram 54%.
Entre os livros mais lidos, a Bíblia permanece no topo do ranking, seguida por "Diário de um Banana" (Jeff Kinney), "Casamento Blindado" (Cristiane Cardoso e Renato Cardoso) e "A culpa é das Estrelas" (John Green).
YOUTUBER É UM DOS AUTORES MAIS CITADOS - Entre as curiosidades da pesquisa, a youtuber Kéfera Buchmann, curitibana que possui o maior número de inscritos em seu canal no Youtube do Brasil, entrou para a lista de autores citados pelos entrevistados como sendo do último livro lido ou que se está lendo em 2015.
Com o livro “Muito Mais que 5inco Minutos”, a webcelebridade teve o mesmo número de menções de best-sellers mundiais como “Cidades de Papel” (John Green) e “A Menina que Roubava Livros” (Markus Zusak).