Cavalo Marinho é uma das representações da cultura popular que se apresenta na Casa da Rabeca Foto: Ana Lira/Divulgação
A concentração acontece a partir das 18h no Pátio do Carmo. De lá os pastoris se encarregam de conduzir a lapinha para ser queimada – o processo se dá com folhagens secas e incensos. A expectativa é de que o grupo chegue ao Pátio de São Pedro por volta das 19h. Na ocasião a imagem do Menino Jesus é retirada e a lapinha é queimada.
Durante todo o ritual quem for contemplar a festividade pode jogar seus pedidos no fogo. O encerramento acontece quando é anunciado que o clima já é de Carnaval – o comunicado vai ser feito por Mendes e Sua Orquestra e pelo O Bonde Bloco Carnavalesco Lírico.
HISTÓRIA – A Queima da Lapinha é uma manifestação religiosa advinda do século XIX, trazida ao Brasil pelos jesuítas. “Foi no Nordeste que a manifestação – que tinha um caráter ‘evangelizador’ – ganhou novos elementos, agregando à tradição religiosa a cultura popular do Reisado e do Pastoril”, explicou o coordenador do evento Marcelo Varella, que também faz parte da Fundação de Cultura Cidade do Recife que, junto à Prefeitura e Secretaria de Cultura, promovem o evento.
CASA DA RABECA – Elementos da cultura popular mesclados ao eruditismo católico integram a programação do espaço, em Olinda, com a 21ª edição da Festa de Reis que acontece também nesta quarta (6), a partir das 19h. O evento tem acesso gratuito.
A festa – que homenageia os Três Reis Magos – traz folguedos de grupos de Pernambuco e da Paraíba, com performances que fazem reverência ao Dia de Reis encerrando, assim, o calendário natalino.
Poesia, teatro, dança e música compõem as apresentações. A Família Salustiano e a Rabeca Encantada também estão na programação. “Essa é uma forma de lembrarmos a nossa tradição, que deve ser perpetuada cada vez mais para, dessa forma, reafirmarmos nossas raízes”, comentou Pedro Salustiano, organizador do evento que teve, no saudoso Mestre Salu – rabequeiro e brincante falecido em 2008 – o grande idealizador.