Carnaval no Largo da Dona Mocinha, em Fortaleza, resgata festa familiar e antigas marchinhas

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Carnaval no Largo da Dona Mocinha, em Fortaleza, resgata festa familiar e antigas marchinhas

NE10
Publicado em 20/02/2012 às 18:40
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Ao som de 'O teu cabelo não nega mulata...' tocado por uma orquestra, a pequena Amanda, de 10 anos, pulava e dançava vestida a carater para a folia. 'Estou de baiana, ó', mostrava a pequena, que começou a pular as 17h e ainda tinha pique para pular muito mais. 'Vou ficar até mamãe querer ir embora', dizia.

E essa cena não se passava em um clube fechado ou em shoppings, como se propagou recentemente os carnavais considerados familiares, mas sim no cruzamento das ruas João Cordeiro com Padre Climério, no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza. Este é o carnavaval do Largo da Dona Mocinha.

Puxado pelo bloco 'num ispaia sinão ienche' há cinco anos em frente ao reduto do samba de raiz em Fortaleza, a festa dura oito horas seguidas, de acordo com o organizador da folia Dilson Pinheiro. 'A gente começo as 15 horas com samba de mesa, daí as 17h começa a orquestra puxando as marchinhas de carnaval e lá pelas 22h começa o samba de enredo', afirma o organizador.

E pela divisão do tempo entre as três atrações, dá para perceber que a folia principal é mesmo a das antigas marchinhas de carnaval. 'É sempre assim, graças a Deus, movimentado e cheio de família, de pais, mães, crianças brincando no meio da rua. Graças a Deus nunca houve uma um registro de violência nesse tempo que fazemos a festa por aqui', disse Pinheiro.

FESTA FAMILIAR - 'Não há lugar melhor para pular o carnaval do que aqui. Há cinco anos que não sei mais o que é carnaval no litoral', afirmou Eugênia Matos, de 38 anos. E não é só ela que fez da festa no Largo da Dona Mocinha, tradição. Com ela vieram o marido, o casal de flhos de 12 e nove anos e os pais de Eugênia, Ricardo, de 68 e Fernanda, que aos 65 anos, pula e brinca no meio da rua.

'Olha, aqui eu esqueço minha idade. Volto a ser jovem, porque relembro meus carnavais, quando tinha uns 30 anos', afirma Fernanda. E quando questionada se ela não se preocupa com as dores do dia seguinte: 'Eu lá sei o que é isso, meu filho! A gente toma remédio de um jeito ou de outro, pelo menos vou tomar precisando mesmo amanhã', termina com um sorriso.

Confira um trecho do Carnaval de rua no Largo da Dona Mocinha:

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