Flávio Barra teve o seu primeiro contato com o spray aos 12 anos ainda em Belém do Pará, cidade natal do artista. Foto: Reprodução / Instagram
O jornalista e grafiteiro Flávio Barra será o artista que dará cor à alegoria mais famosa do Carnaval pernambucano: o Galo da Madrugada. Imponente, na Ponte Duarte Coelho, o boneco do Galo já está em fase de acabamento e chegará com várias novidades pensadas por Barra, que assina suas obras como Santo Forte nas Ruas.
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Flávio Barra afirma ainda não ter se dado conta da grandiosidade do que está produzindo."É muita responsabilidade e inexplicável, ainda não caiu a ficha. É muito grandioso e surreal pra mim tudo o que está acontecendo", diz.
Para pintar o Galo, Barra está utilizando spray, rolo e pincel, já as cores predominantes na alegoria são o amarelo e vermelho em degradê. "Recebi a notícia com muita surpresa e todo grafiteiro sonha em fazer uma grande obra, mas jamais imaginei pintar um símbolo tão importante para a alma do pernambucano", disse Flávio ao explicar como foi convidado para fazer a obra.
O diferencial de Barra estará no peito do Galo, que será estampado pela personagem "Maria", uma marca do trabalho do artista, inspirada na filha do jornalista. "Recebi esse convite por causa da minha obra que me simboliza, a Maria, e é o que eu vou levar. O Galo está sendo feito com muito amor e é a Maria mais importante de todas para mim. Espero que no final as pessoas sintam a alegria que tive de fazer", comenta do artista plástico.
Barra também grafitou as roupas que serão usadas pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, e a primeira-dama, Cristina Melo, no Baile Municipal deste ano, que acontece no sábado 18 de fevereiro.
Flávio começou a pintar o boneco do Galo há uma semana. Nesta segunda-feira (13), a Prefeitura do Recife irá apresentar os detalhes.
Trabalho como grafiteiro
Flávio Barra teve o seu primeiro contato com o spray aos 12 anos ainda em Belém do Pará, cidade natal do artista. Ainda no Norte do País, traçou os primeiros passos e, em 2013, incentivado pelo amigo e também grafiteiro Rafa Mattos, voltou a pintar.
"Quando eu era moleque, pintava bastante na rua, larguei e tive um hiato de 30 anos até me encontrar com Rafa Mattos", conta Flávio. Incentivado pelo amigo, saiu para grafitar nas ruas do Recife e voltou a se encantar pela arte. "Tinha uma frase que eu sempre dizia, a de que 'meu santo era forte'. Quando a gente terminou a pintura de um grafite juntos,ele mencionou que eu seria um "Santo Forte nas Ruas' e o nome ficou", diz o também jornalista.
