Reunião de docentes da UFPE e da UFRPE que decide greve será nesta segunda Foto: Ascom UFPE/Divulgação
De acordo com o regimento da Associação de Docentes da UFPE (Adufepe), para que a greve seja deflagrada, é necessário que 10% dos associados (o que corresponde a 237 professores) estejam participando da assembleia. Destes, a maioria precisa ser favorável à paralisação das atividades. Durante essa semana, a Adufepe fez mobilizações nos câmpus Recife, Caruaru e Vitória para divulgar a pauta do sindicato.
Já a Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe) vota a deflagração da greve às 14h30, no Espaço de Cultura e Lazer Arthur Lapa, em Dois Irmãos, Zona Norte do Recife.
Entre as reivindicações dos docentes federais, estão as condições de trabalho e reestruturação da carreira. A categoria também defende a defesa do caráter público da universidade, autonomia, valorização salarial de ativos e aposentados e retomada de negociações com o governo. Além disso, pedem a reversão dos cortes no orçamento e ampliação de investimento nas instituições.
O corte do orçamento do Ministério da Educação, anunciado na última sexta-feira (22), foi de R$ 9,423 bilhões. Na ocasião, o Ministério do Planejamento informou que o orçamento continuará com valor acima do mínimo estabelecido pela Constituição, de R$ 15,1 bilhões.
A data 28 de maio foi aprovada em reunião do setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) realizada no dia 16 de maio em Brasília. Vinte e cinco das 43 seções do Sindicato Nacional (Andes-SN) foram favoráveis à deflagração da greve a partir deste dia.
A Universidade Federal Fluminense (UFF) e a federal do Pará (UFPA) já aprovaram o início da greve.
GREVE DE 2012 - Na última greve das Instituições Federais de Ensino, com duração de quatro meses, os professores federais pediam melhores condições de trabalho, incorporação das gratificações no vencimento básico, uma só carreira para os docentes das universidades e institutos federais e carreira com 13 níveis.
Os ganhos foram a incorporação da classe de titular à carreira, a retirada da proposta do governo da criação da classe sênior, incorporação de gratificações ao vencimento básico, criação de um plano de carreiras de magistério federal (abrigando magistério superior e EBTT), aceitação de 13 níveis remuneratórios e reajuste linear de no mínimo 15,8% para todos, além de correções e ajustes específicos para cada categoria.