Nas redes sociais, estudantes das Universidades Federais da Paraíba estão ávidos por notícias sobre um possível fim da greve dos professores esta semana. O rumor foi amplamente disseminado na rede após uma matéria publicada no site da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) dizendo que o sindicato estaria reconhecendo a possibilidade de uma saída unificada da paralisação, mesmo defendendo a continuidade da greve.
"A universidade está divulgando que é possível que as aulas já voltem na segunda, mas o sindicato não se pronuncia. Seria uma pena que todo esse tempo parados fosse em vão", disse a estudante de Engenharia de Alimentos Karina Moura.
No início da tarde desta terça-feira (4), não havia ninguém no sindicato que pudesse comentar o assunto. O presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Campina Grande (Adufcg), Gonzalo Adrian Rosas, que está em Brasília, comentou mais cedo em sua página pessoal: "Caros, estou em Brasilia (DF) no Comando Nacional de Greve ANDES - SN. A posição política do comando nacional de greve ANDES-SN é, em síntese, a seguinte para as assembleias desta semana: continuidade da greve e discussão política dos cenários da greve neste novo patamar de luta pós 31 de agosto".
Segundo a Adufcg havia divulgado anteriormente, haverá uma assembleia da categoria na próxima quinta-feira (9), quando a paralisação será novamente avaliada. Em comunicado divulgado neste domingo à noite (02), o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) afirmou ser necessário questionar se a continuidade da greve traz "reais possibilidades de conquistar a reabertura de negociações em curto prazo e sobre o arsenal de iniciativas que seria necessário dispor para quebrar a intransigência do governo".
O texto continua apoiando a continuidade da greve que, segundo o Andes, foi amplamente defendida nas assembleias de sindicatos nos Estados. Ao mesmo tempo, sugere que a suspensão unificada da paralisação seja debatida na rodada de reuniões desta semana em todo o País. "Em caso de posicionamento favorável, que indiquem o marco temporal para a suspensão unificada", diz o comunicado.
Desde o mês de maio, das 59 universidades federais do país, 57 aderiram ao movimento. Algumas instituições, no entanto, decidiram encerrar a paralisação após a assinatura do acordo entre governo e Proifes, entidade que também representa os docentes. Ao menos oito deixaram a greve e devem retomar as aulas neste mês. Na Paraíba, apenas os servidores técnicos retornaram às atividades.