Segurança

MEC diz que não há indício de invasão no sistema do Sisu

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 31/01/2017 às 19:09
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Dois candidatos relataram que a opção de curso teria sido alterada devido a uma falha no sistema / Foto: Reprodução

Dois candidatos relataram que a opção de curso teria sido alterada devido a uma falha no sistema Foto: Reprodução

  O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informaram nesta terça-feira (31) que ainda não há indícios sobre a possível invasão de hackers no sistema do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), configurando falha de segurança. Pelo menos dois candidatos relataram que a opção de curso no exame teria sido alterada devido a uma falha na troca de senha do sistema.

A paraibana Tereza Gayoso, de 23 anos, se candidatou no exame para cursar medicina. Na lista do Sisu, porém, ela aparece na lista dos convocados para o curso de tecnológico de produção de cachaça no IFNMG (Instituto Federal do Norte de Minas Gerais). Ela garante que não optou por essa área. "Eu vi o sistema do Sisu até sexta [dia 27], porque, apesar da nota mil, eu estava muito longe [da nota de corte em medicina]. A prova de matemática me prejudicou muito", contou Tereza ao UOL.

No sistema de Tereza também consta duas tentativas de acessos nos dias 24 e 29 de janeiro, além de outras três tentativas sem sucesso. Segundo o MEC, a única opção que consta é de Produção de Cachaça, no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas. Em 2011, contou o MEC, ela ficou na lista de espera do Sisu pelo curso de Medicina.

Segundo o MEC, Gabriela de Souza Ribeiro alegou ter tirado nota 1000 na redação, porém obteve 460 pontos no Enem de 2016. Pelo menos dois registros de acessos, informa o MEC, foram realizados pela candidata nos dias 24 e 29 de janeiro. Em nenhum dos dois acessos, ela realizou inscrição em qualquer curso.

Nota do MEC

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do MEC esclareceu que a "senha é sigilosa e só pode ser alterada pelo candidato ou por alguém que tenha acesso indevidamente a dados pessoais do candidato". Nos casos em que o candidato relata a suposta mudança na senha e violação de dados, a pasta vai acionar a investigação da Polícia Federal.

Os dados como data, hora, local, operadora e IPs dos suspeitos de onde partiram as mudanças de senha serão encaminhados pelo MEC para serem investigados pela Polícia Federal (PF). O órgão afirma ainda que trabalha para aperfeiçoar o exame, garantindo segurança e tranquilidade dos inscritos.

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