Mesmo com a pressão feita por alguns diretores regionais da Secretaria de Educação da Paraíba, a paralisação segue firme no estado nesta terça-feira (23). A afirmação foi feita pelo coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Paraíba (Sintep-PB), Carlos Belarmino.
Segundo ele, alguns diretores de escolas e professores foram ameaçados de ter o ponto cortado caso não comparecessem ao trabalho hoje, mas mesmo assim, 100% das escolas estaduais da capital paraibana aderiram à paralisação. No interior, a mobilização também teve grande alcance.
A mobilização nacional reivindica a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), a valorização da carreira profissional e a destinação de royalties do petróleo e de porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, dentre outras medidas.
Em caráter local, os professores da Paraíba pedem o cumprimento do Plano de Cargos e Carreiras, no que diz respeito aos reajustes cabíveis ao Magistério; fixação de um teto único para remuneração dos gestores das unidades de ensino e criação de um Plano de Cargos e Carreiras para os servidores técnicos do setor.
Nesta terça-feira (22), representantes dos sindicatos municipal e estadual se reúnem em assembleia na sede do Sintep, em João Pessoa. De lá, o grupo participa de sessão especial na Assembléia Legislativa da Paraíba, onde será discutida a pauta da mobilização. A reunião foi proposta pelo deputado Anísio Maia.
É certo que as escolas de pelo menos 15 municípios no interior da Paraíba não abrirão as portas até a próxima quinta-feira (25). Mais de 320 mil alunos ficarão sem aulas em todo o estado, mas segundo o Sintep não haverá prejuízo para os estudantes, pois todos os dias letivos serão cumpridos.
CAMPINA GRANDE - No Agreste da Paraíba, os servidores municipais da Educação de Campina Grande resolveram voltar às atividades no próximo dia 29. Em assembleia geral realizada nesta segunda (22), professores e técnicos-administrativos decidiram aderir à paralisação nacional e retomar suas funções somente após o cumprimento da interrupção programada em todo o país pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
De acordo com o Sindicato local dos trabalhadores da Educação, as aulas não lecionadas só serão repostas quando os servidores chegarem a um acordo com a administração municipal. Até lá, o calendário escolar segue sem alterações. A categoria já agendou uma mobilização que será realizada no dia 30 de abril, na Câmara de Vereadores da cidade, a partir das 9h.
Em Patos, os professores iniciaram a paralisação desde a segunda-feira (22). A categoria também segue com mobilizações durante a paralisação nacional.