ATUALIZADO ÀS 15H30
No dia em que competam 100 dias de greve, professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizam assembleia geral extraordinária, nesta segunda-feira (27), no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da instituição. Os técnicos administrativos da UFPE e da UFRPE encerraram a greve e devem voltar ao trabalho na segunda. Os docentes da UFRPE, em assembleia nesta sexta, decidiram manter a paralisação.
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Na pauta da reunião estão a avaliação da conjuntura e dos rumos da greve, que deverão ser debatidas das 14h às 16h. A assembleia segue até as 17h com o encaminhamento de escolha de delegados para o Comando Nacional da Greve.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) protocolou no Ministério do Planejamento uma contraproposta dos professores, apesar de o governo ter encerrado as negociações com a categoria desde o dia 3 de agosto, quando assinou acordo com o Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria da categoria.
Segundo a assessoria de comunicação do Planejamento, a negociação com os professores terminou e não será retomada. O Proifes e o MEC criticaram a contraproposta do sindicato.
UFRPE - A assembleia realizada pela Associação dos Docentes da UFRPE (Aduferpe) decidiu manter e intensificar a greve. Foram 100 votos favoráveis à manutenção da greve, 28 votos contrários e nenhuma abstenção.
A categoria vai exigir que o governo reabra negociações dos dois pontos de pauta: reestruturação da carreira docente com valorização salarial e condições de trabalho.
HISTÓRICO - Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) rejeitaram, por unanimidade, a última proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento que previa um rejuste variável de 25% até 40%, pagos nos próximos três anos.
Os professores estão em greve desde o dia 17 de maio. A categoria reivindica a reestruturação da carreira docente e melhoria nas condições de trabalho, além de reajuste salarial de 20,5% ainda neste ano.
A paralisação atinge também a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), além dos insitutos federais de ensino tecnólogico.