Os alunos das Universidades Federais da Paraíba (UFPB) e Campina Grande (UFCG) ficarão sem aulas por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (17). Em assembleia realizada na segunda-feira (14), os professores da UFCG aprovaram, por unanimidade, deflagrar a greve. Nessa terça, os docentes da UFPB decidiram aderir ao movimento. A assembleia contou com a participação de 464 docentes, de todos os campi da insitituição. O comitê de greve vai, agora, se reunir para definir as próximas atividades de mobilização.
De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (Aduf-PB), a categoria reivindica a reestruturação da carreira docente nos termos propostos pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior) – que prevê, entre outros pontos, criação de uma carreira única (sem diferenciação entre professores do Ensino Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico), incorporação de todas as gratificações e paridade entre ativos e aposentados. Eles exigem, ainda, melhoria das condições de trabalho e reajuste salarial.
Já na UFCG, os professores alegam que o Governo Federal não cumpriu um acordo firmado em agosto do ano passado, quando foi aprovado a incorporação das gratificações no vencimento básico. Mais de 1,5 mil professores participarão do movimento, de acordo com a Aduf-CG.
Com o movimento grevista, cerca de 42 mil estudantes ficarão sem aulas nos três campi da UFPB - João Pessoa, Bananeiras e Areia e sete da UFCG - Campina Grande, Cuité, Sumé, Patos, Sousa, Cajazeiras e Pombal.
Outras universidades federais no País também realizam assembleias para decidir se irão aderir ao movimento. Também devem parar as atividades as universidades de Alagoas, Piauí, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso.