A notícia de que o Colégio Nossa Senhora do Carmo fechará as portas no próximo ano provocou tristeza em muitos pais e alunos da instituição. A escola, localizada no bairro da Boa Vista, no Recife, existe há 92 anos e possui turmas do fundamental ao ensino médio.
A redução do número de alunos motivou o encerramento das atividades. Segundo a Diretoria da escola, o trânsito intenso no bairro, que hoje é considerado comercial, e a violência nas ruas adjacentes são algumas das justificativas apresentadas pelas famílias para solicitar a transferência dos seus filhos.
A coordenadora do colégio, Ana Ulisses, não informou ao NE10 o número total de alunos do colégio, mas ressaltou que a instituição se compromete em cumprir suas obrigações legais e ajudar os pais a encontrar outra escola de boa qualidade. 'Estamos à disposição das famílias. Também está sendo muito difícil para nós', disse a coordenadora.
Os pais foram informados da decisão pela direção da escola e da Congregação Beneditina (mantenedora), durante uma reunião realizada nessa quarta-feira (25). 'Não só os alunos, mas muitos pais choraram ao saber que o colégio vai fechar. A maioria dos alunos concluites estuda aqui desde pequeno. Todos amam este lugar', disse o aluno Eduardo Lucas, que cursa o 3º ano do ensino médio.
Na manhã desata quinta-feira (27), alguns ex-alunos que ficaram sabendo da notícia através de amigos e das redes sociais foram até a escola para conversar com os professores. 'Ainda não acredito. Tinha o sonho de ver meus filhos estudando aqui', afirmou a ex-aluna Dyana Almeida, de 18 anos. Ela, que hoje cursa publicidade, estudou dez anos no Nossa Senhora do Carmo e concluiu o ensino médio no ano passado.
Além de lamentar o fechamento da escola, Rosana Matos, de 50 anos, mãe de um aluno que cursa a 6ª série, está com dificuldade em escolher outra escola para o filho. 'Moro na Boa Vista e o bairro hoje conta com poucas escolas que oferecem ensino fundamental. Encontramos muitas universidades e cursinhos, mas o número de escolas é cada vez menor', disse.