Questão de pele

Afinal, bronzeamento artificial faz mal à saúde?

Por Cláudia Magalhães
Por Cláudia Magalhães
Publicado em 25/01/2015 às 16:31
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É impressionante pensar que ainda nos dias de hoje, esta pergunta seja tão importante! A resposta é clara e única: SIM!!!

Em média, 10 minutos em uma câmara de bronzeamento artificial são equivalentes a cinco vezes o mesmo tempo de exposição solar em um dia quente / Foto: Shutterstock

Em média, 10 minutos em uma câmara de bronzeamento artificial são equivalentes a cinco vezes o mesmo tempo de exposição solar em um dia quente Foto: Shutterstock

Os anúncios especialmente na internet são incontáveis, muito embora a Anvisa já tenha proibido, desde 2009, o uso das câmaras de bronzeamento artificial tanto para a comercialização quanto para uso pessoal, baseando-se em estudos da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer. As pesquisas apontam que pessoas com menos dos 35 anos que se expõem ao bronzeamento artificial nestas câmaras correm 75% mais riscos de desenvolver câncer de pele.

Estas câmaras com certeza não trazem nenhum benefício para a saúde. Ao contrário, esses equipamentos funcionam como um sol artificial, que emitem grandes doses de radiação ultravioleta A - UVA e desta forma, estimulam a produção de melanina, produzindo pigmentação e conferindo o aspecto bronzeado à pele. No entanto, o fato essencial a tomarmos conhecimento é que essa mesma radiação UVA promove grandes modificações na estrutura das células da pele, predispondo à queimaduras, manchas, ao envelhecimento e principalmente ao câncer de pele. Estudos da OMS afirmam que a exposição às lâmpadas UVA aumenta em 75% os riscos do desenvolvimento do Melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele.

E o pior é que quem está habituado a fazer bronzeamento artificial também gosta de se expor ao sol, o que danifica ainda mais as células da pele. Outro grave erro que eleva os riscos é que essas pessoas nunca fazem uso dos filtros solares ao irem para essas câmaras ou mesmo quando se expõem ao sol.

exposição danifica o colágeno, fazendo a pele perder a sua elasticidade e o seu tônus normais

exposição danifica o colágeno, fazendo a pele perder a sua elasticidade e o seu tônus normaisFoto: CanStock

Por não deixar a pele vermelha, a radiação concentrada nestas câmaras de bronzeamento apresenta uma falsa sensação de "bronze seguro". Sem que a pele fique vermelha, se torna muito difícil de saber a hora que a exposição está excessiva. Em média, 10 minutos em uma câmara de bronzeamento artificial são equivalentes a cinco vezes o mesmo tempo de exposição solar em um dia quente, no horário de radiação solar intensa.

Para as pessoas muito vaidosas, é bom relembrar que essa mesma radiação ainda promove uma enorme atrofia das células da pele, diminuindo a sua hidratação natural e/ou aumentando a sua perda de água. Além disso, a exposição danifica o colágeno, fazendo a pele perder a sua elasticidade e o seu tônus normais. A falta de hidratação; as células danificadas; o colágeno destruído e a perda de elasticidade fazem com que a pele fique mais envelhecida, surgindo rugas precoces.

Por todos esses fatores, em hipótese alguma, faça a opção por esse meio de bronzeamento e procure regularmente o seu dermatologista. A sua pele agradece!

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