O ano mal começou mas a impressão é que já está passando rápido, não? Estamos quase na metade do mês de janeiro, o que também significa que, em breve, serão divulgados os resultados do Enem 2018. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) deve publicar na próxima sexta-feira (18) os resultados individuais do Enem na Página do Participante.
E falar em nota do Enem nos conduz - quase que automaticamente - a lembrar do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu, e das formas de incentivo financeiro estudantil decorrentes do Sisu, o Fies e o ProUni. Por isso resolvemos responder às dúvidas mais frequentes que permeiam esta temática e respondê-las aqui. Nesta quinta-feira (10), inclusive, a UFPE divulgou um documento em que explica de maneira muito clara e didática como funciona o sistema de ingresso na instituição. Você pode acessá-lo aqui.
1 - Como funciona o Sisu?
O Sisu é, hoje, a maior forma de ingresso nas universidades públicas no Brasil. Com exceção dos vestibulares seriados (como o caso do SSA da UPE), todos que desejam entrar nas instituições públicas de ensino superior precisam fazer o Enem e usar a nota do exame no Sisu. As inscrições devem ser feitas exclusivamente através do site do Sistema de Seleção Unificada, entre os dias 22 e 25 de janeiro. Só poderão de inscrever os estudantes que obtiveram uma nota maior que zero na redação.
O Sisu foi desenvolvido da seguinte maneira: ao efetuar a inscrição, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções entre as vagas ofertadas pelas instituições participantes e, durante o período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções. Ao final da etapa de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem e eventuais ponderações (pesos atribuídos às notas ou bônus). Caso a nota do candidato possibilite sua classificação em suas duas opções de vaga, ele será selecionado exclusivamente em sua primeira opção.
Após a chamada regular do processo seletivo, o Sisu disponibilizará uma Lista de Espera. Para participar, o candidato deve acessar o seu boletim, na página do Sisu, e manifestar o interesse no prazo especificado no cronograma. Podem participar da lista de espera os candidatos não selecionados em nenhuma de suas opções na chamada regular.
2 - Como faço para me inscrever no Fies?
O Fies nada mais é do que o Fundo de Financiamento Estudantil. Isto é, um programa criado pelo governo federal em 1998 com o objetivo de ampliar o acesso de estudantes a instituições privadas de ensino superior. Podem se inscrever, portanto, estudantes que obtiveram uma nota maior que 450 no Enem e cuja família não tem condição financeira de arcar com os custos universitários - a renda familiar per capita não pode ultrapassar 3 salários mínimos.
Ao final da graduação, o aluno deverá pagar de volta o valor do financiamento por meio de parcelas mensais, sem juros. Para participar do Fies, o estudante precisa estar matriculado em um curso de graduação presencial pago, cujo conceito obtido seja maior ou igual a três. Para obter mais informações, você pode acessar o site oficial do programa (é também através dele que ocorrem as inscrições).
3 - O que é e como me inscrevo no ProUni?
O Programa Universidade para Todos (ProUni) foi criado em 2004 pelo então ministro da Educação, Fernando Haddad. É uma outra forma de financiamento que dois tipos de bolsas: a integral e a parcial (50% da mensalidade).
A bolsa integral é para estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. E a parcial é destinada aos estudantes com renda familiar, por pessoa, de até três salários mínimos. Assim como no Sisu e no Fies, o aluno precisa ter realizado o Enem. Durante o curso, o bolsista do ProUni deverá apresentar aproveitamento acadêmico de, no mínimo, 75% nas disciplinas cursadas em cada período letivo, sob pena de encerramento da bolsa.
Mas existem alguns pré-requisitos para poder participar do ProUni, tais como: ter cursado o ensino médio em escola pública ou em escola privada com bolsa integral da instituição (parcialmente ou completo); ou ser portador de deficiência; ou ainda ser professor da rede pública de ensino básico e estar concorrendo a vaga em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia.
