Assim como fez um dia após a realização da primeira prova do Enem 2018, no último domingo (4), o presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a criticar o exame e, mais precisamente, as temáticas de cunho social e inclusivas que são abordadas nas questões. Em transmissão ao vivo pelas suas redes sociais neste fim de semana, ele afirmou que, ao assumir o governo, não permitirá a inclusão de determinadas questões no exame nacional.
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Segundo Bolsonaro, o Enem deve tratar sobre “o que interessa”, citando geografia e história, por exemplo. De acordo com ele, o Brasil é um “país conservador” e ressaltou, ao mesmo tempo em que reprovou temas relacionadas a minorias, que seu objetivo, como presidente, é pacificar. Na sua opinião, questões polêmicas geram brigas e divergências. “Nós não queremos isso.”
Bolsonaro se referia à questão do caderno de linguagens que, no enunciado, mencionava o "pajubá, dialeto secreto de gays e travestis" como exemplo de patrimônio linguístico, também criticado pelo Twitter pelo seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro.
O presidente eleito condenou as discussões sobre ideologia de gênero nas escolas. De acordo com Bolsonaro, a educação deve se preocupar em “ensinar”. “Que importância tem ideologia de gênero?”, reagiu. “Quem ensina sexo é papai e mamãe”, acrescentou o presidente eleito, olhando fixamente para a câmera.
Universidades
Para Bolsonaro, parte das universidades não se preocupa com educação. Ele citou uma visita feita à Universidade de Brasília (UnB), quando se disse surpreso com o que viu. ”Era maconha”, descreveu. “Preservativo no chão e cachaça na geladeira.”
O presidente eleito também criticou as pichações que, segundo ele, são frequentes em universidades. Para Bolsonaro, a escolha do futuro ministro da Educação é um desafio. “Educação é complicado”, desabafou.
Com informações da Agência Brasil