A oficina do Colégio GGE trabalhou com técnicas de relaxamento, respiração e arteterapia
Quando perguntei a alunos do 3º ano o que estavam sentindo às vésperas do Enem, muitos deles responderam de cara: ansiedade. No entanto, todos foram unânimes em dizer que essa ansiedade tinha duplo sentido, um negativo e o outro positivo.
O sentido negativo referia-se à expectativa pelo desconhecido, ao medo de se frustrar, às pressões por ser aprovado, enquanto o positivo correspondia à ansiedade da conclusão de mais uma etapa da vida, ao recomeço. "Tenho esperança de que vai dar tudo certo, mas ao mesmo tempo tenho medo de não ser aquilo que a gente espera", desabafa a fera de direito do Colégio GGE, Maria Victória de Miranda.
Para minimizar essa dicotomia de sentimentos, o Colégio GGE organizou na última sexta-feira (16), das 14h às 16h, uma oficina antiestresse. "É fundamental que o controle emocional seja trabalhado nesta etapa. O Enem requer de cada um atenção, tranquilidade e pensamento positivo", explica a psicóloga Raquel Leal.
Durante o projeto, os feras foram levados a refletir sobre tudo por que passaram neste ano, as horas de estudo, aulas aos sábados, provas no domingo, o amigo que tirou uma dúvida, o familiar apoiando, o professor cobrando... "Aos poucos, vão percebendo que isso tudo está chegando ao fim", exaltou a psicóloga.
O projeto contou com a participação de cerca de 25 alunos que trabalharam com técnicas de relaxamento, respiração e arteterapia. "Aula a essa altura é o menos importante. O essencial é mantermos a calma e a tranquilidade", defendeu a jovem Maynara Lorena, de 17 anos, que vai tentar uma vaga para o curso de medicina.
» Leia alguns depoimentos dos feras presentes na oficina antiestresse:
Leonardo Barbosa, 17, engenharia
"O estudo nunca vai acabar. A vida continua para todos depois do Enem. O limite está em você mesmo".
Thalyta Pessoa, 17, ciências políticas
"Finalmente chegou a hora de eu fazer o que eu sempre sonhei".
Sara Bezerra, 17, medicina
"Minha família toda espera que eu passe e eu fico na obrigação de corresponder às expectativas dela".
Maria Victória de Miranda, 17, direito
"Tenho esperança de que tudo dê certo e ao mesmo tempo medo de o futuro não ser aquilo que a gente espera".
Maynara Lorena, 17, medicina
"Estou ansiosa para que acabe logo. Coração esgotado. Esse ano foi muito pesado, parece que vivi dois anos em um".