Fazer resumo, grifar texto, responder questionário em voz alta ou, simplesmente, prestar atenção nas aulas. Inúmeras são as técnicas de aprendizagem que cada fera adota, mas uma delas é sempre colocada em xeque: estudar em grupo.
Psicopedagogos e professores são unânimes na importância do estudo em grupo, mas enfatizam que organização e disciplina são imprescindíveis para um bom resultado. O estudo com os colegas estimula os jovens, inclusive, a lidar com valores humanos e respeitar as limitações de cada um.
O jovem Arthur Abreu, de 17 anos, é aluno do 3º ano do Colégio GGE, e defende os grupos de estudo, principalmente quando é ele quem direciona o debate. "Prefiro estudar para dar aula do que estudar por estudar", esclarece. Ele, que vai tentar uma vaga para engenharia mecânica na UFPE e na UPE, reúne-se com os amigos às sextas-feiras para revisar os conteúdos de física, sua matéria preferida.
Estudar com os amigos, porém, precisa ter algumas regras. "Acima de tudo, foco. É essencial também que todos já tenham estudado o conteúdo para a gente tirar apenas as dúvidas. Não adianta participar desse grupo só por desencargo de consciência", defende o fera.
Já a colega dele Hilka Marcela, 17, prefere estudar sozinha. "Eu praticamente moro aqui [no GGE]. Tenho aulas de manhã, às segundas o estudo é integral e nos outros dias fico na sala de estudo das 15h às 20h30", relata a candidata a uma vaga em medicina na UPE e UFPE.
Hilka, porém, não abre mão de tirar dúvidas com outros colegas que estudam sozinhos. "A gente estuda nas mesas individuais, mas quando surge alguma dúvida, a gente se reúne para estudar junto", completa.
BENEFÍCIOS - A linguagem usada entre os estudantes, muitas das vezes, é mais fácil de ser compreendida do que a linguagem utilizada pelo professor. Dessa maneira, o estudo em grupo torna-se um diferencial na aprendizagem de cada disciplina. Os professores lembram que o ideal é ter uma reunião constante uma vez por semana, por exemplo. Formar grupos de estudo antes da prova não é o ideal, já que estudar em cima da hora é um risco ao surgimento de mais dúvidas, alertam os docentes.