Apenas a partir desta desta segunda-feira (5) as autoridades ligadas ao Juizado Especial do Torcedor de Pernambuco poderão tomar as medidas necessárias para tentar punir os responsáveis por arremessar dois vasos sanitários da arquibancada do estádio do Arruda. De acordo com coordenador do órgão público, o juiz Ailton Alfredo Souza, a entidade aguarda apenas que a Polícia Civil do Estado identifique os autores do crime que matou o jovem Paulo Ricardo Ricardo da Silva, 26 anos, na saída da partida entre Santa Cruz e Paraná, na noite da última sexta-feira (2).
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Além disso, tanto o clube de futebol quanto as pessoas que celebram a morte do rapaz nas redes sociais também podem ser punidas pela justiça pernambucana. E ainda, se confirmado que os autores do crime fazem parte da Torcida Organizada Inferno Coral (Toic), a mesma também deve sofrer sanções judiciais.
"As pessoas que exaltam a morte do torcedor podem ser processadas por incitação ao crime. Apesar de menor potencial ofensivo, é um crime previsto na lei. Neste caso a polícia precisa identificar os autores da incitação e registrar um TCO (termo circunstancial de ocorrência)", explica o juiz Ailton Alfredo.
À frente do Juizado do Torcedor, o magistrado revela ainda uma angústia com relação a mais uma morte causada pelas brigas de torcida no Estado. "O que é fato é que não basta a indignação quando esses casos acontecem. Precisamos de medidas mais mais práticas e a gente não consegue ter um plano de ação contínuo que evite essas situações", desabafa o juiz.
Ailton Alfredo lembra que em outros países, como na Inglaterra, são tomadas decisões como a suspensão do clube de futebol envolvido de competições. "Aqui nós só conseguimos tomar medidas pontuais. Eu não aguento mais essa situação, a população não aguenta mais, ninguém aguenta mais", comenta Ailton Alfredo que emenda: "Tudo isso porque não são mais torcedores, nem organizados, são guerrilheiros".
