1983

O tri super no sufoco dos pênaltis

NE10
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Publicado em 18/10/2012 às 19:01
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As três viradas nas décadas anteriores podem ilustrar bem o que representa uma reta final para quem está vestindo a camisa do Santa Cruz. Três grupos de jogadores diferentes, três técnicos diferentes e o mesmo clima. Em 1983, a última fase que rendeu um supercampeonato. Em 1993, uma virada quando boa parte da torcida foi obrigada a voltar às pressas para o Arruda em tempo de ver a prorrogação. 1999, o ano em que a prata da casa desbancou os medalhões.

Por ordem cronológica, o tri super vem primeiro. Na época, o estadual era disputado em três turnos, cada um dividido em duas fases. Os vencedores das fases disputavam o turno. O Sport, que na época lutava pelo então inédito tetracampeonato, venceu a primeira. O Náutico ficou com o segundo ao derrotar o prórpio Santa - ao contrário do que se pensa o tricolor faturou uma fase antes da reta final.

A última chance era a segunda fase do segundo turno. O Santa venceu e foi para a disputa com os rubro-negros. O cenário mudou para Caruaru, pois a Ilha do Retiro estava em reformas e os leões não quiseram jogar no Arruda. O tricolor venceu por 1x0, gol de Henágio. Os trio de ferro disputaria um supercampeonato, formato que não mais se repetiria. O Sport empatou com ambos por 0x0. O 1x1 no Clássico das Emoções garantiu tricolores e alvirrubros na decisão.

Finalmente chegara o dia de conhecer o campeão, 18 de dezembro. E o desacreditado Santa engatara a quinta marcha na hora da verdade. Zé do Carmo bradava nas rádios que o time entraria em campo com 33 jogadores - cada um jogaria por três. Aos 43 do primeiro tempo, Gabriel fez 1x0 para o Santa. Aos 42 do segundo, Mirandinha empatou com o mesmo Gabriel já expulso. Foram 30 minutos de 11 timbus contra 10 corais. Pressão, agonia e empate persistindo. Pênaltis.

Nas cobranças ninguém levou vantagem nas dez primeiras. Começou a série alternada. Estava 5x5 quando Porto bateu para Luís Neto defender. A torcida invadiu o campo achando que já estava acabado. Mas faltava a cobrança tricolor. Eram 20h50 da noite quando o zagueiro Gomes pôde soltar uma bomba e sacramentar o título. "Tínhamos muita confiança porque o time cresceu na reta final", lembrou Zé do Carmo. (W.P.)

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