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Salgueiro e Santa Cruz ficam no empate por 2x2

NE10
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Publicado em 08/07/2012 às 17:52
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O primeiro duelo entre times pernambucanos na Série C terminou igual. Salgueiro e Santa Cruz ficaram no 2x2 na tarde deste domingo (8), no Cornélio de Barros pela segunda rodada. O resultado fez justiça ao que os dois times apresentaram em cada etapa. O Carcará foi melhor no primeiro tempo e abriu 2x0. Os corais melhoraram no segundo, quando marcaram seus dois gols. O time do Sertão chega a quatro pontos e os bicampeões pernambucanos ficam com dois.

O jogo começou tão quente que aos 28 segundos, Clébson deu uma rasteira em Diogo e tomou cartão amarelo. O Santa tentou dar um susto no Carcará, mas o time sertanejo já está calejado em enfrentar os grandes clubes do futebol pernambucano. E não apenas não se intimidou como fez as honras da casa.

Aos cinco minutos, Chicão fez falta em Clébson. Os dois trocaram empurrões e levaram uma dura do árbitro Emerson Sobral. Poderiam até ter sido advertidos com amarelo, o que significaria a expulsão do jogador de branco. Mas ficou no puxão de orelha. Melhor para o Salgueiro. Peri levantou a bola na área, Vanerlei passou na frente do goleiro Diego Lima. Ele ficou sem ação e viu a bola parar em suas redes. Antes disso, Vanderlei cabeceou para fora, com perigo.

O gol desmantelou o sistema defensivo do Santa Cruz. Como a marcação no meio de campo estava forte, o Salgueiro optou por lançamentos longs. Os zagueiros corais não acompanhavam a movimentação dos adversários e aos oito minutos, Diego Lima teve que abandonar a área e cortar de cabeça. Clébson pegou o rebote mas mandou por cima. Um minuto depois foi a vez de Edmar desperdiçar, ao chutar para fora.

Para completar, Victor Hugo e Weslley não conseguiam trabalhar a bola. Resultado: erros de passes em demasia. O tricolor só conseguia chegar na bola parada, o que era muito pouco para quem tem pretensões tão elevadas no jogo e na competição. Muito disso pela apatia de Victor Hugo. Sem mobilidade, o meia não deu opção de jogo e os corais ficaram muito dependentes de Weslley.

E foi com o camisa 8 que o time da capital criou sua primeira grande chance. Ele rolou para Dênis Marques. O artilheiro chutou para grande defesa de Diego Lima, aos 27. A resposta do Salgueiro foi quase imediata e novamente contando com a crônica dificuldade do Santa na bola alta. Peri cruzou e Édson Borges salvou quase em cima da linha. Quando não havia zagueiro, havia a trave. Aos 37, Marcos Tamandaré tabelou com Clébson e acertou a trave tricolor.

As últimas tentativas do Santa foram com Dênis Marques. E em ambas, Luciano levou vantagem. A última bola foi do Salgueiro. E foi fatal. Clébson bateu falta pelo lado esquerdo que ele mesmo sofreu e a bola desviou na cabeça de Édson Borges antes de entrar.

As deficiências fizeram o técnico tricolor mudar duplamente na volta para o segundo tempo. Victor Hugo e Flávio Recife saíram para entradas de Luciano Henrique e Paulista. Apesar das alterações, o time continuou preso, sem mobilidade e jogando pouco pelos lados, principalmente o lado direito.

Ainda assim, o Santa beneficiou-se pelo recuo excessivo do Carcará. E foi por conta desse recuo que Luciano Henrique conseguiu diminuir o placar aos 14 minutos. Ele ganhou terreno, avançou e acertou um belo chute, no canto direito de Luciano.

Apesar de ver sua vantagem diminuída, o Salgueiro não mudou sua postura. Com os volantes recuados quase na linha dos zagueiros, o meio de campo sertanejo ficou descompactado, principalmente na hora da transição defesa-ataque. Com isso, o time da casa pouco molestava o goleiro Diego Lima. Por isso, o técnico Neco tirou o apagado Vanderlei para entrada de Júnior Ferrim.

Por falar em apagado, Zé Teodoro só tomou a decisão de tirar Diogo aos 26 minutos para entrada de Jefferson Maranhão. Como não havia um jogador da posição, Weslley foi deslocado para o lado direito. Coincidência ou não, logo em seguida o Santa empatou. Aos 28 minutos, Dênis Marques dominou fora da área e mandou o chute. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.

Somente depois de tomar o empate é que o Salgueiro tomou a iniciativa. E logo na primeira investida, Clébson desperdiçou uma ótima chance aos 32 minutos. Ele entrou na área com apenas um marcador à frente. Porém, enrolou-se com a bola na hora da pedalada e perdeu o domínio. O jogo ficou mais aberto mas sem que os atacantes conseguissem superar os defensores. Os donos da casa ensaiaram uma pressão que os visitantes souberam suportar.

Ficha do jogo:

Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré, Alemão, Luiz Eduardo e Pery; Josa, Pio, Victor Caicó (Rodolfo Potiguar) e Clébson (Kássio); Edmar e Vanderlei (Júnior Ferrim). Técnico: Neco.

Santa Cruz: Diego Lima; Diogo (Jefferson Maranhão), Édson Borges, William Alves e Renatinho; Memo, Chicão, Weslley e Victor Hugo (Luciano Henrique); Dênis Marques e Flávio Recife (Paulista). Técnico: Zé Teodoro.

Competição: Série C do Campeonato Brasileiro. Local: Cornélio de Barros, em Salgueiro. Árbitro: Emerson Sobral. Assistentes: Jossemar Diniz e Roberto José. Gols: Édson Borges (contra), aos cinco; e Clébson, aos 44 do primeiro tempo. Luciano Henrique, aos 14; Dênis Marques, aos 28. Cartões amarelos: Luciano, Clébson, Alemão, Weslley, Memo e Flávio Recife. Público: 8.952. Renda: R$ 98.365.

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