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Santa Cruz vence a sexta seguida e garante vaga nas semifinais

NE10
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Publicado em 28/03/2012 às 23:50
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Com tranquilidade e eficiência, o Santa Cruz conseguiu sua sexta vitória consecutiva no Campeonato Pernambucano Coca-Cola ao bater o Porto por 3x1 nesta quarta-feira (28), no Luiz Lacerda, em Caruaru. O resultado garantiu o tricolor matematicamente nas semifinais da competição, já que tem 12 pontos a mais que o Petrolina (38x26) e restam apenas nove em disputa. No próximo domingo (1), os corais recebem o Náutico, no Arruda.

O time visitante começou o jogo usando o 3-5-2 como manda o figurino. Renatinho e principalmente Diogo não se limitavam a jogar pelos lados do campo, também aparecendo para ajudar na criação. A primeira jogada perigosa, por exemplo, saiu após um falta sofrida por Diogo. Dênis Marques avançou para a área e cruzou. Renatinho fechou no segundo pau e chutou para fora.


Como o Porto mantinha apenas um jogador no setor ofensivo, até o zagueiro Vágner encontrou espaço para avançar. O posicionamento dele era praticamente o de um primeiro volante, à frente da dupla William Alves e André Oliveira. A boa distirbuição dos corais em campo também ajudou o sistema defensivo. O Porto ficou com menos espaço para criar. Tanto que o primeiro sinal de vida do Gavião foi dado apenas aos 12 minutos e num chute de longe por intermédio de Joelson.

Apesar de melhor disposto em campo, o Santa pecava na hora do passe final. Muito por conta de Dênis Marques e Geílson caírem muito pelos lados. Ficava muita gente de lado e pouca para aparecer no meio em condições finalizar.

Somente a partir dos 20 minutos, o Porto parou de insistir no jogo em profundidade - bola longa - e tentou trocar passes. Contribuiu muito a movimentação de Jefferson Renan e a volta de Joelson para as tabelas. Numa delas, o camisa 11 apareceu como meia e serviu Aírton, que chutou forte, mas em cima de Tiago Cardoso, aos 27. Um minuto depois, Baiano fez jogada individual e fez o goleiro tricolor trabalhar novamente.

A terceira chance seguida - e desperdiçada - foi a gota d'água para o Porto. Joelson recebeu de Aírton aos 39. Jefferson Renan avançava completamente livre pela direita mas o atacante resolveu chutar. E mandou por cima. O Santa repôs a bola e rapidamente Geílson foi acionado. Ele entrou na árae e foi derrubado por Romero. Como diria o técnico Muricy Ramalho: 'A bola pune'. Pênalti e cartão amarelo para o goleiro caruaruense. Dênis Marques foi para a cobrança e mandou forte, no canto direito.

Os dois times voltaram para o segundo tempo sem alterações. Mas o Porto soube explorar melhor a queda de rendimento do meio de campo do Santa Cruz. Luciano Henrique, com menos mobilidade que no primeiro tempo, foi presa mais fácil para a marcação. Como um problema leva a outro, o tricolor perdeu na transição ofensiva e cedeu espaço para o adversário atacar. E aos oito minutos Fabinho cruzou e Joelson foi puxado por Vágner. Carlos Costa mandou seguir.

O Gavião tinha mais posse de bola e o técnico Zé Teodoro até demorou para corrigir o problema. O fez aos 23 minutos com Natan no lugar de Luciano Henrique. E como acontecera na rodada anterior, diante do Araripina, o prata da casa deu novo fôlego ao tricolor.

Na primeira participação, foi à linha de fundo e, ao ser derrubado, forçou cartão amarelo para o volante Vágner Rosa. Na segunda, apareceu na meia-esquerda e fez lançamento longo para Chicão. A entrada como elemento surpresa deu certo e o volante dominou e chutou com categoria, de pé esquerdo. Repetiu-se o filme do primeiro tempo: no melhor momento do Porto, o Santa jogou um balde de água fria.

Um pouco antes, o árbitro Carlos Costa deixou de marcar mais um pênalti. Flávio Recife foi derrubado por Rodolfo Potiguar na frente do juiz, que mandou o jogo seguir. A penalidade seguinte ele não deixou passar. Aos 30 minutos, Robertinho recebeu no lado direito da área e foi derrubado por William Alves. O defensor levou o amarelo - o terceiro, que o deixa fora do clássico contra o Náutico. Joelson foi para a cobrança e Tiago Cardoso defendeu. No rebote, o atacante não vacilou e diminuiu.

Porém, quando o Tricolor do Agreste pensou em chegar ao empate, Renatinho, até então apagado no segundo tempo, tirou um belo coelho da cartola. Com direito a drible da vaca, o baixinho entrou na área agrestina e serviu Flávio Recife. Com o gol vazio, ele só teve o trabalho de empurrar para as redes. Daí em diante foi só administrar e esperar pelo apito final.

Ficha do jogo:

Porto: Romero; Baiano, Moisés, Onildo e Aírton; Marquinhos Carioca (Robertinho), Rodolpho Potiguar, Vágner Rosa e Jefferson Renan; Joelson e Fabinho (Emanuel Recife). Técnico: Adelmo Soares.

Santa Cruz: Tiago Cardoso; Willian, Vágner e André Oliveira; Diogo, Sandro Manoel, Chicão, Luciano Henrique (Natan) e Renatinho; Geílson (Flávio Recife) e Dênis Marques (Branquinho). Técnico: Zé Teodoro.

Local: Luiz Lacerda, em Caruaru. Árbitro: Carlos Costa. Assistentes: Pedro Wanderley e Roberto José. Gols: Dênis Marques, aos 41 do primeiro tempo. Chicão, aos 26; Joelson, aos 32; e Flávio Recife, aos 39 do segundo. Cartões amarelos: Baiano, Romero, Vágner Rosa, Diogo, William Alves, Natan, e Sandro Manoel.

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