Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (12), na sede do Sindicato dos Professores em Pernambuco (Sinpro), na Boa Vista, os professores da rede particular de ensino decidiram aceitar o reajuste salarial sugerido pelo Ministério do Trabalho, desde que os donos de escolas também aceitem a proposta. Para que a greve chegue ao fim, falta apenas que os percentuais também sejam aceitos pela classe patronal, que tem assembleia marcada para às 15h desta quarta. A greve teve início no último dia 5 de junho e deixa cerca de 500 mil alunos sem aulas em Pernambuco.
A proposta de reajuste apresenta pelo Ministério do Trabalho foi de 12% para os professores do nível 1 e de 9% para os de nível 2. Já os docentes que já ganham acima do piso receberiam um reajuste de 8,22%.
Como os dois sindicatos, o Sinpro e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Pernambuco (Sinepe), não conseguiram chegar a um consenso durante as negocições, o Ministério do Trabalho decidiu apresentar a sua proposta, durante reunião na sede do órgão federal, realizada na tarde dessa terça (11). Os representantes dos dois sindicatos se comprometeram em levar a sugestão para os seus associados.
NEGOCIAÇÃO - Inicialmente, os professores da rede particular reivindicaram unificação do piso salarial em R$ 12 por hora-aula (os professores do ensino fundamental 1 recebem R$ 6 e os do ensino fundamental 2 e médio, R$ 7,04), reajuste salarial em 10%, vale-alimentação para professores que trabalham na mesma escola durante dois turnos, bônus de 30% em ano de Bienal do Livro em Pernambuco para compra de exemplares, assinatura de jornais e revistas nas salas dos professores e convênios e planos de saúde.
Já o Sinepe apresentou uma proposta de 7,22%. O índice foi calculado segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).