primeiros resultados

Sintepe divulga pesquisa sobre a educação básica em Pernambuco

NE10
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Publicado em 26/04/2013 às 20:53
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Durante um seminário realizado no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), na tarde desta sexta-feira (26), os primeiros resultados da pesquisa "Trabalho na educação básica no estado de Pernambuco" foram divulgados pelo grupo Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente (o Gestrado), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Essa foi a primeira vez que a educação infantil foi incluída nos dados. O seminário encerrou as atividades da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

O objetivo geral do estudo é avaliar as mudanças promovidas nas duas últimas décadas na educação do Estado, por meio da avaliação de funcionários e professores das escolas. Os resultados apresentados nesta sexta são referentes a pesquisas em escolas estaduais, municipais e creches conveniadas do Recife. Ao todo, 1.500 profissionais já foram entrevistas. Dalila Andrade, que faz parte do grupo da UFMG, enfatizou que a pesquisa é direcionada aos professores e funcionários porque "o sujeito docente é todo aquele profissional que exerce a docência".

Entre as escolas que fizeram parte dessa primeira parte do trabalho estão a Escola de Referência Senador Paulo Pessoa Guerra, Escola Municipal Futuro Feliz e a Escola Estadual Jornalista Costa Porto. A pesquisa contou com 496 respondentes no Recife, dos quais 307 docentes e 189 funcionários de escola, com um questionário contendo 70 questões. O estatístico Edmilson Pereira revelou que em 102 municípios serão pesquisados ao todo 2.636 unidades educacionais e 58.402 profissionais serão entrevistados.

A pesquisadora Lígia Fraga explicitou, também, alguns pontos como o perfil dos entrevistados e o nível de escolaridade. Um dado alarmante foi que o principal provedor de rendimentos da casa apontou para 50% de docentes (homens e mulheres), enquanto que 58% das funcionárias seguram as despesas do lar. Das perspectivas para a melhoria da qualidade foram apontados, receber melhor remuneração, receber mais capacitação para as atividades que exerce, reduzir o volume de tarefas.

RESULTADOS PARCIAIS - O estudo indicou que 54% dos docentes consideram que os espaços físicos, os equipamentos e o ambiente de planejamento pedagógico são inadequados para o desenvolvimento de suas atividades na escola; 30% dos professores afirmam ter aumentado o número de alunos por turma nos últimos anos; 67% consideram que houve alteração no perfil dos seus alunos; 53% declaram ter havido acréscimo de novas funções e atribuições na jornada de trabalho; 40% afirmam ter alunos com necessidades especiais em suas turmas, no entanto apenas 20% dos mesmos responderam receber orientações para o trabalho com esses alunos.

Das perspectivas para a melhoria da qualidade foram apontados: receber melhor remuneração, receber mais capacitação para as atividades que exerce e reduzir o volume de tarefas. Além do Recife, a pesquisa está sendo realizada em escolas públicas de 17 municípios pernambucanos.

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