Passadas as provas do final de ano letivo, chega a hora matricular os filhos na escola. Às vezes, acontece de o estudante precisar mudar de colégio. Nesse momento, os pais devem ficar atentos a alguns fatores que podem ser importantes na vida acadêmica do estudante. Filosofia da instituição, plano acadêmico, estrutura física, professores, localização e preço são alguns dos aspectos a serem considerados na hora de trocar os filhos de escola.
Para a psicomotricista relacional Katiusk Melo, o mais importante é que os pais estejam satisfeitos com a filosofia de trabalho da escola para que o filho se sinta seguro de que essa é a melhor opção para ele. "Na hora de escolher a melhor escola para o seu filho, o pai deve ficar atento a diversos fatores, mas eu acho que acreditar no que a escola planeja para o aluno é o principal de todos", explica.
Katiusk Melo enfatiza que o pai deve estar de acordo com a filosofia da escola
Foto: divulgação
Ainda segundo a profissional, no caso das crianças mais novas, o mais importante é avaliar a estrutura física da unidade de ensino. Quesitos como salas de aula claras e bem climatizadas, banheiros adaptados e parquinho de diversão são alguns dos pontos que merecem atenção redobrada.
Irrelevante em outros tempos, hoje a localização do colégio se tornou um dos pincipais quesitos a serem levados em conta na hora de escolher a nova escola. "Tanto para as crianças quanto para os maiores, é importante que eles não enfrentem grandes congestionamentos para chegar na unidade ou na hora de ir para casa", comentou a psicomotricista relacional. De acordo com Katiusk Melo, perder tempo num engarrafamento pode deixar o estudante cansado e até desestimulado para os estudos.
A estrutura oferecida no ambiente educacional deve ser uma das preocupações
Foto: divulgação
A idade também pode ser um problema na hora de mudar de escola. Katiusk Melo que, além de psicomotricista relacional, também é diretora do Colégio Interativo Recife, disse que, por experiência própria, já viu crianças e adolescentes sofrerem com a mudança. "Em geral, as crianças sofrem mais por terem relações afetivas mais próximas com os coleguinhas do que os mais velhos", ressalta.
A aproximação do filho com um colega de classe é um dos problemas que a funcionária pública Celeida Feitosa, mãe do pequeno Artur, de 5 anos, está passando para mudar o filho de escola. "Meu filho está indo para o 1º ano do ensino fundamental (antiga alfabetização) e onde ele estuda só tem turma até o maternal, por isso tenho que mudá-lo de escola", explicou.
Celeida conta que Artur não está nada satisfeito de ter que estudar longe de um de seus melhores amigos, o pequeno Heitor. "Quero colocar meu filho no Bureau Jurídico (BJ) e o Heitor foi para o Equipe. Agora estou tendo que convencê-lo que, de vez em quando, eles irão se ver", relata a mãe.
Celeida e Caio tentam encontrar a melhor escola para ele estudar
Foto: arquivo pessoal
"Já fui em algumas ecolas e não gostei da primeira impressão. Quando fui ao BJ fiquei satisfeita com o atendimento da equipe pedagógica e resolvi colocá-lo lá. Procuro uma escola que dê atenção ao meu filho e a mim, pois sou uma mãe muito presente", explicou.
A mãe de Artur contou ainda que a localização foi um dos pré-requisitos para sua escolha. "Moro na Torre, trabalho em Boa Viagem e preciso colocar o Artur numa escola que fique pelo caminho", resumiu.