Patrimonial

Alunos produzem inventário audiovisual de Olinda para integrar acervo do Iphan

NE10
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Publicado em 05/09/2012 às 10:29
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Desde o início do ano, alunos e professores da rede municipal de Olinda estão envolvidos com a temática da Educação Patrimonial, que permeia as atividades curriculares do ano letivo. Em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um inventário da cidade está sendo produzido por alunos do ensino fundamental de 28 escolas.

Ao todo, a rede de ensino olindense possui 43 instituições e reúne 24 mil estudantes, dos quais 15 mil alunos participam do projeto Mais Educação, do Governo Federal, com atividades em horário integral. Eles passam o dia na escola e, no contraturno, produzem vídeos, fotos, áudios e textos sobre a história da cidade que foi a segunda do Brasil a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco, em 1982, após Ouro Preto, em Minas Gerais.


Alunos da E.M. Brites de Albuquerque fazem inventário do coco de roda

As escolas receberam recursos do Ministério da Educação para elaboração do inventário. De acordo com a diretora de ensino da Secretaria de Educação Olinda, Ana Cristina Fonseca, ao todo foram repassados R$ 6.381 pelo MEC diretamente para cada uma das escolas envolvidas. O investimento foi destinado à aquisição de cinco máquinas fotográficas, um HD externo de 500G, tripé, gravadores mp3, além de pagamento de monitores e transporte.

"É uma parceria nacional com o MEC e o Iphan. Pernambuco foi o estado que teve mais escolas participantes do que juntos somando todos os estados no Brasil e Olinda concentrou o maior número de escolas entre os municípios pernambucanos", comemorou a diretora.

O resultado do projeto, que tem duração de 11 meses, será enviado ao Iphan a fim de integrar o acervo nacional do instituto, além disso o inventário deverá participar de seleções em concursos na área.


Crianças observam produção de artista local em Amaro Branco

PLANO MUNICIPAL - No âmbito municipal, a temática toma corpo com a elaboração do Plano de Educação Patrimonial de Olinda. O professor de química José Garcia da Rocha, que é coordenador-geral do Grupo de Trabalho de Educação Patrimonial da cidade, esclarece que a ideia foi originada durante um congresso em Ouro Preto no ano passado, cujas bases e diretrizes do plano da cidade mineira inspiraram os olindenses.

Entre os eixos previstos pelo plano estão a transformação em lei municipal que contemple a disciplina na grade curricular de ensino e a elaboração de oficinas e ações sobre patrimônio material e imaterial, não apenas no Sítio Histórico, mas em locais como Águas Compridas e Cidade Tabajara.
O grupo se reúne às terças-feiras, no Laboratóerio de Preservação da Prefeitura de Olinda. A previsão é concluir a elaboração do documento até dezembro deste ano, quando será enviado à Câmara Municipal para ser votado.

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