Os professores grevistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) terão uma manifestação de apoio de alunos ao movimento na próxima sexta-feira (24). É que alguns estudantes marcaram uma passeata a partir da Praça do Derby, no Centro, às 16h.
Os docentes estão sem dar aulas desde o dia 17 de maio e decidiram na última assembleia, realizada na quinta-feira (16), que a paralisação continua, sem previsão de retorno. A maioria deles decidiu nem votar sobre o fim da greve e o tema nem chegou a ser discutido.
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Segundo a Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), a reivindicação é pela reestruturação da carreira atual dos docentes, garantia de recursos para investimentos na infraestrutura das universidades e a paridade entre ativos e aposentados. O movimento também é contra a estagnação nas negociações com o governo para um rejuste salarial.
A proposta do Planejamento prevê reajustes de 25 a 40% em três anos, com ganhos superiores aos portadores de maior titulação e com dedicação exclusiva. O impacto da nova medida é de R$ 4,2 bilhões. No entanto, os professores acreditam que essa porcentagem, na verdade, não lhes dá ganhos reais até 2015, devido à inflação.
ADESÃO - No Estado, além da UFPE, a paralisação atinge a Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), além dos institutos federais de ensino tecnólogico. Nacionalmente, são 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos.
A última paralisação registrada na UFPE, também de caráter nacional, foi em 2005 e durou cerca de três meses. A principal reivindicação era de um reajuste de 18%. Essa greve acabou sem que houvesse possibilidade de negociação com o governo federal.