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Docentes da UFPE decidem sobre futuro da greve na próxima quinta, quando paralisação completa três meses

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Publicado em 10/08/2012 às 19:41
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Há 83 dias em greve, os docentes da Universidade Federal de Pernambuco realizam nova assembleia na próxima quinta-feira (16). Na ocasião, será decidida a continuidade ou não do movimento. De acordo com a Associação dos Docentes da instituição (Adufepe), a reivindicação de maior urgência para os educadores hoje é a reabertura das negociações, encerrada pelo Ministério da Educação (MEC), através de circular enviada aos reitores. No documento, o MEC ainda enfatiza que não há "qualquer possibilidade de reabertura".

Na última assembleia dos docentes, realizada na última quarta-feira (08), houve uma votação com os educadores para decidir sobre o encerramento da greve. Com 75 votos contra a volta das atividades e 29 a favor do fim da greve, os manifestantes decidiram continuar a paralisação. A Adufepe comenta que a negociação aconteceu de forma unilateral, e que as propostas foram impostas e não discutidas com o Comando Geral de Greve.

Sobre o ofício enviado pelo MEC, o presidente da Adufepe, José Luis Simões, entende que o Ministério não tem certeza da decisão tomada. "Dois ofícios chegaram na associação, com o teor do segundo dizendo praticamente o mesmo conteúdo do primeiro. Entedemos que o MEC não está convicto da impossibilidade da reabertura, caso contrário não teria enviado um novo ofício", opina.

A próxima assembleia reunirá os docentes no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), no Campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na próxima quinta (16), a partir das 14h. O presidente assegura que será discutida uma contraproposta para apresentar ao governo federal.

PROPOSTA - A nova proposta do governo federal prevê reajustes de 25 a 40%, com ganhos reais expressivos superiores aos portadores de maior titulação e com dedicação exclusiva. O impacto da nova medida é de R$ 4,2 bilhões.

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