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Governo propõe aumento salarial a professores para por fim à greve

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Publicado em 24/07/2012 às 20:21
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ATUALIZADA ÀS 14h

O governo federal apresentou nesta terça-feira (24) um reajuste salarial de 25% a 45%, aplicados ao longo dos próximos três anos a partir de 2013, como contra contraproposta para reestruturar o plano de carreira dos professores das universidades federais e de instituições de pesquisa. Com essa proposta o governo espera que categoria suspenda a paralisação que já dura 69 dias. Na última rodada de negociação, no último dia 13, o governo oferecia um reajuste que variava entre 16% e 45%.

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Segundo o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), José Luis Simões, a proposta será avaliada pela categoria, no Estado, na quinta-feira (26), das 10h às 13h, na sede da associação.

O docente avaliou que a proposta do governo pode não ser um bom negócio para para a categoria. "Se você pensar que a maioria dos professores vai receber um aumento de cerca de 25% divididos em três anos, e tendo por base uma inflação de 7% ao ano multiplicado pelos mesmos três anos, você vê que a proposta não é lá tudo isso", detalhou.

Mesmo com essa opinião sobre a proposta, o presidente da Adufepe disse que até a quinta-feira irá avaliar a proposta e que apenas após a assembleia a decisão será tomada. "Não posso dizer que vamos aceitar ou não. Também é importante lembrar que nós podemos não acompanhar a decisão do comenado geral de greve. Eles podem suspender a greve e nós não, e vice-versa", ressaltou.

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A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) avalia que esse novo reajuste contempla as 15 demandas da categoria.

Agora, as associações de docentes de cada universidade devem analisar as propostas e decidir até a próxima segunda-feira (30) se continuam com a paralisação ou não. A data atende a uma orientação da presidente Dilma Rousseff que ordenou os ministros Aloizio Mercante (Educação) e Miriam Belchior (Planejamento) que negociassem o fim da paralisação antes do retorno dos alunos das férias de meio de ano.

Para chegar a essa tentativa de acordo, o governo eleva de R$ 3,92 bilhões para R$ 4,2 bilhões o impacto orçamentário da proposta original que foi apresentada há duas semanas.

Participaram do encontro, além da Proifes, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Pelo lado do governo, estão o secretário de Relações Trabalhistas do Ministério do Planejamento, Sergio Mendonça, e o secretário de Educação Superior, Amaro Lins.
Conheça os valores das propostas apresentadas para o Magistério do Ensino Básico Técnico e Tecnológico – EBTT e para o Magistério Superior Federal.

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