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Exame reconhece diplomas de medicina obtidos fora do Brasil

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Publicado em 27/07/2011 às 19:28
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O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) foi implantado como projeto piloto no ano passado pelos Ministérios da Educação e da Saúde. O Revalida tem objetivo de reconhecer diplomas de Medicina obtidos em instituições de ensino estrangeiras. Várias universidades do Brasil já aderiram ao Exame.

As inscrições deste ano foram encerradas no último dia 10 de julho. O Ministério da Educação recebeu 601 inscrições. Os candidatos, brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, fizeram a graduação em 29 países, sendo que 320 deles obtiveram diplomas na Bolívia, 146 em Cuba e 58 na Argentina. No grupo de inscritos há também médicos graduados na Espanha (17), Alemanha (sete), Rússia (quatro) e Estados Unidos (dois).

A revalidação ocorre em duas etapas. No dia 28 de agosto os inscritos farão uma prova objetiva, de caráter eliminatório, que será aplicada em seis capitais: Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Campo Grande e Brasília. Os aprovados na primeira fase participarão nos dias 1° e 2 de outubro, em Brasília, de um exame prático para avaliar as habilidades clínicas.

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Concluídas as duas fases, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável, encaminhará o resultado a cada universidade que tiver candidatos inscritos. No processo de revalidação de diplomas médicos deste ano, 37 instituições federais, estaduais e municipais de educação superior aderiram ao exame e estão credenciadas a emitir certificado. De acordo com as expectativas do Ministério da Educação, todo o processo estará concluído até dezembro.

POLÊMICA - O exame foi aplicado pela primeira vez no ano passado em caráter experimental, com a proposta de desburocratizar o processo de revalidação dos diplomas de Medicina estrangeiros. Mas dos 281 candidatos que compareceram à prova, apenas dois foram aprovados. "É uma aprovação muito baixa. Não acredito que tantos candidatos não estejam aptos para desempanhar a profissão, até porque muitos deles são aprovados em residências e concursos públicos", afirma a advogada da Revalide, especializada em consultoria para revalidação de diplomas, Mirtes Fabiane Pereira.

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